sábado, 28 de fevereiro de 2009

Second chance


Eu não confio em pessoas que acertam de primeira. A não ser em caso de "Sorte de Principiante".


Não, eu não acredito nas facilidades da vida. Eu nunca acerto nada de primeira. Seja uma tacada na sinuca ou na primeira vez em que eu vou na casa de um amigo. Eu sempre me perco.


Às vezes, algumas coisas não acontecem de cara. Não acertamos no primeiro namorado, na primeira faculdade ou na primeira prova pra tirar a carteira de motorista. Isso não quer dizer burrice.


Eu prefiro a segunda chance, ou as novas oportunidades. Qdo podemos tentar novamente, qdo td tem gosto de td ou nada.


Acertar de primeira é sem graça. Te dá a falsa sensação de que vc entendeu como funciona qdo na verdade vc mal experimentou.


Sinto dizer, mas precisamos da frustação. Necessitamos de um "YOU LOSE" para que compreendamos que nem td na vida vem de bandeja.


Divórcios, separações, reprovações, nãos, Adeus podem ser didáticos tb. Tombos, cicatrizes e tropeços não são o fim do mundo. É tua segunda chance. É a semente da tua segunda chance, já parou pra pensar nisso?

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Mamãe eu quero!


Tahí
eu fiz td pra vc gostar de mim

ow meu bem nao faz assim comigo não

vc tem, vc tem é q me dar o seu coração.

Fernanda Takai cantando Nara Leão





É carnaval, eu sei. Hj tem tantas possibilidades de diversão. Antes era aquela coisa de eixo Rio-São Paulo. Hj tu pode ir pra Bahia, pra Pernambuco, pro Interior do teu Estado, pra Retiro espiritual ou até mesmo ir pro teu sofá acompanhar as alas das Baianas ou o camarote da Brahma sem tirar o pezinho do lugar.




Mas falta mesmo, sinto do carnaval da minha época q não faz tanto tempo assim. O negócio mesmo era ir pro Clube de chinelo, short e uma blusinha. Nada demais. Vc comprava convite pra Sábado e Terça pq eram os dias mais cheios. E tocava marchinha. E tu se divertia. Melhor, Td mundo se divertia. Não tinha mulher pelada, eram meia dúzia de bêbados q invadia a tua rodinha e sua mãe saltava da mesa para te proteger.




É isso mesmo. Na minha família, nossos pais iam juntos. E a gente não achava tão ruim assim. Bom, ruim só pra paquerar, mas fora isso td bem. Td pra comemorar um feriado em plena semana. Melhor mesmo é qdo a gente é criança e o tempo demora pra passar. A gente ia na matinê e achava o máximo. Mas daí, rolava fantasia, serpentina, confetes. E era música da Xuxa, marchinhas e muita Coca-Cola.




Carnaval pra mim hj é sossego. É ver a avenida vazia pq tds foram viajar, menos eu. Td bem. Carnaval é tempo de colocar umas coisas em ordem, crônica pra atualizar, amigos pra visitar, quarto bagunçado e matéria pra estudar. Bom, nesse ano, meu bloco não foi pra rua.


segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Q Seja Doce!


Padaria lembra o meu pai. Tds akeles salgados e doces fartos dispostos no balcão são as reminescências da minha infância de criança obesa. Engraçado q na minha época (não tão longe assim) não se falava "Criança Obesa". Vc era o gordinho da turma e tua família dizia q Vc era "cheio de saúde". Hj a criançada pena pra caber no padrão da sociedade.

Como no meu tempo (repito, não tão longe assim), não tive essas neuroses urbanas e ir na padaria era como ir ao shopping. E o engraçado q não havia nenhuma perto de casa. Logo, cabia ao meu pai, o progenitor da casa, sair em busca de comida. Especialmente pão no final do dia. Recordo-me com água na boca dos tempos em que se comprava pão bengala! Não cabia na minha cabeça como um pão era tão grande! hauahauah


E eu acreditava q era o melhor pão do mundo porque podia alimentar uma família inteira. Bom, ao menos na minha casa era assim. E essa história de pão era levada tão à sério que kd um tinha sua cerimônia para comê-lo.

Minha mãe só comia a ponta do pão pq qdo ela era criança meu avô dizia q um turco daki de cg ficou rico de tanto comer a ponta do pão. Mas td isso era desculpa para q minha mãe comesse, já q qdo era criança tinha bronquite e vivia fraca. Meu pai eh o cara q gosta de experimentar. Uma margarina nova, uma maionese com sabor de limão, um patê recém lançado. Não importa. Uma vez fomos pra Curitiba e ele achou no supermercado Leite Condensado em Bisnaga! Pra quê? Seu Osmar tratou de importar! Se não tínhamos padaria perto de casa, quem diria Leite Condensado em Bisnaga??


Já eu era o terror da casa. Pela manhã eu cortava o pão, separava a ponta pra mãe e enfiava minha mão gordinha dentro do pão e arrastava o miolo formando uma bola e besuntava de manteiga. Comia sem remorso algum. O próximo a comer o pão era um coitado pq a melhor parte eu tirava pra mim.

Daí vc cresce e descobre outras maravilhas. Sonhos, croissaints, pães de queijo, sorvete, Carolina... uma infinitude de delícias. E eu e o meu pai tivemos o cabimento de freqüentar uma padaria que ficava do outro lado da cidade só por causa da cocada que eles vendiam. Foi a realização do Seu Osmar encontrar uma cocada branca com pedaços de abacaxi. Uma dádiva para um apreciador de frutas cítricas.


Por isso estou aki, na padaria escrevendo essa crônica. Resgatando um flash da infância, lembrando do cara que me ensinou a prestigiar as guloseimas que a vida oferece.