terça-feira, 22 de novembro de 2011

Obrigada, Aninha


Eu tenho problemas com despedidas. E hoje eu não dei adeus, mas eu chorei bastante. Minha colega de trabalho Ana Lúcia foi desligada hj do bco. Não foi injustiça. Ela pediu faz 2 anos e só agora eles a atenderam. Ela ficou feliz, é claro, mas pra quem fica dói um pouco, não vou mentir. A gente se apega, acostuma e gosta. Passo seis horas dos cinco dias da semana com meus colegas de trabalho. Vejo-os mais do que meus pais, minhas amigas e até meu companheiro. Logo, não tem como não adiciona-los à minha vida.

A Ana é uma amiga q vale a pena ter na vida. Pra vc ter ideia eu a considero tanto q se estudássemos na mesma escola, ela seria minha amiga. Considere isso uma grande honra. A gente trabalhou junto desde quando entrei no bco, mas amizade mesmo a gente pegou qdo ela foi transferida pra minha agência. Se não fosse por ela, eu não teria olhado essa vida de concurseiro de outra forma.

Ela pra mim é exemplo, porque o que ela diz ela faz. Pode ser coisa de Leonina, mas a Aninha tem uma disciplina invejável. Para me incentivar a cozinhar, ela me deu várias receitas. Para minha (des)graça, culpa dela que me viciei nas revistas semanais como Malu, Viva e Ana Maria. Culpa minha se hoje ela tem facebook e viciou em sites de compras coletivas.

Engraçado que a gente sempre tinha novidades pra contar, a gente quando se encontrava era uma alegria que só. E ela nos deixou mto mal acostumados porque quase td semana tinha uma bolachinha nova pra experimentar. São essas coisinhas do dia a dia q fica conosco. As risadas, os bafões e os cafezinhos.

O bco pode desligar funcionários, mas não desligam amigos. O bco diz adeus, amigos falam até logo. Eu perdi uma colega, mas não perdi minha amiga. Preciso aprender a deixar as pessoas irem, porque assim que a lei da vida exige. Não é por mal, não pode ser. Existem destinos e existem encontros. E a gente vai se ver de novo.

domingo, 20 de novembro de 2011

E mais um post

Esse blog não surgiu da ideia de fazer dinheiro (se bem q poderia dar uma grana). Esse blog nasceu porque não adianta deixar td escrito na agenda ou num diário. Eu preciso escrever e o q vale a pena ser lido pelos outros, enfim q seja. Nesse ano o blog não andou mto. Foram passadas muito curtas, como as minhas também. Mta coisa mudou na minha vida. Passei a ter responsabilidades q antes não tinha e meu tempo foi ficando enxuto. Ainda existe um vulcão dentro de mim. Demônios ainda me perseguem. Meu peito não sarou. Apenas não exteriorizei como fazia antes. Descobri que adulto pega o que é ruim e guarda pra si. Qdo era mais nova eu vomitava. Agora virei uma dakelas velhas que guardam todos os tipos de quinquilharias, até sentimentos mesquinhos e hipócritas. Isso só nos deixa mais pesados, amargos e infelizes. Eu preciso mudar. Preciso tirar toda essa sujeira que acumulei em mim mesma antes q eu me acostume.

E tudo bem q esse ano eu não escrevi mto. Pena q com essa história perco alguns seguidores, mas quem é fiel mesmo vai me cobrar, vai voltar. Eu escrevo para quem tiver disponibilidade pra ler. Não sei forçar e nem inventar. Comunico no meu facebook e no meu twitter e só. Se quiser passar ok, se deixar comentário melhor ainda. Não posso me apegar. Minha intenção não é ser popular. Afinal, escrever de graça e fazer poesias é coisa de louco, não é mesmo?

Preciso me resgatar. E quando escrevo alguma coisa em mim me altera. Fizeram-me uma encomenda de convite. Veio de uma amiga, fazer o texto do seu convite de aniversário de 30 anos. Senti-me honrada e ao mesmo tempo inválida. Conseguiria rascunhar? Seria possível depois de tanto tempo olhar para dentro de mim, invocar meus poetas já mortos e produzir beleza? Depois de me expor, nesse tempo a tanta tristeza, algumas infelicidades e me estar suja por me permitir ficar no chão?

E saiu. Como se eu tivesse escrito há anos, naquela época em que eu mais me dedicava. E ela aprovou e gostou e deu todo crédito a mim, na tentativa de trazer de volta a amiga inspirada q eu sempre fui e esse ano eu havia me apagado.

Acho que voltei, porque tenho sentido falta da minha própria luz.