terça-feira, 30 de outubro de 2012

Terra chamando!!!!

Alô Alô Marciano!!!

Eu tenho esse blog já tem um tempo. Ele deve ter uns 5 anos. Uma criança praticamente. Ou se contar conforme a idade dos cães, bem... ele deve estar para idoso. Como não dá para se medir o tempo na internet... ou será q dá? Não sei quanto valem esses anos para um espaço em que o tempo de conexão para uns é um piscar de olhos. Tudo isso me surpreende na internet e talvez seja por isso q eu vivo fascinada com as novas tecnologias. Coisas q Madame Zwarg colocou na minha cachola.

Confesso q há vezes em q eu sumo do blog. Ou estou sem tempo ou sem assunto. Na realidade mais sem tempo. Assunto a gente inventa. O sr. Tempo é quem me domina. Enquanto eu for sua escrava parte da minha infelicidade é sua culpa.

Fuçando nas configurações do meu blog eu comecei a ver e me interessar quem me lê. Olhando o mapa mundi eu me admirei em ver que fora do Brasil tem gente q me lê. Indo mais a fundo descobri que tenho leitor(es) na Rússia, acreditam??? E tem um ser humano da Letônia tb, não digam q isso eh coisa phyna minha gente?

E a curiosidade bateu mais forte. São brasileiros? Amigos que foram embora? De repente eles são meus fãs e quem sabe ganho até uma estada na casa deles, em troca de versos e prosas. Tem uma pessoa do Canadá, que é a Madame Zwarg supracitada, e tem uma pessoa dos EUA. Dizem que a curiosidade matou o gato. E eu estou quase com o pé em um crime ambiental só pra saber quem sao essas pessoas.

Passei tanto tempo da minha vida escrevendo em cadernos, diários e cartas dividindo com um mínimo de pessoas meus versos e prosas que passou pela minha cabeça que ao ter um blog eu estaria vagando sozinha na internet tb. Afinal, eu apenas posto. Alguns amigos comentam e tem gente q nem comenta (vamos tratar de dar um oizinho aih embaixo galera), mas nunca fiz disso uma obrigação ou bater o ponto, apesar de ser um oficio da minha alma.

A tds vcs q me lêem e me acompanham saibam que agradeço cada caracter, cada clic que vcs destinam a mim e ao meu blog. Nunca se esqueçam: mi casa és tu casa.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Bel Far Niente




Significado: Não fazer nada. Aprendi com a escritora Elizabeth Gilbert autora do livro Comer, Rezar e Amar. Em um ano sabático ela vai para Itália, Índia e Indonésia em busca da realização dos três verbos. E consegue. Mas é na Itália que ela descobre q arte Bel far niente é a beleza de não se fazer nada.

A beleza de não fazer nada é o objetivo de todo nosso trabalho, a realização final pela qual se recebem os mais calorosos elogios. Quanto maior a elegância e o deleite com os quais vc conseguir não fazer nada, maior a conquista na vida. página 70.

Isso para nós do lado de cá do oceano se chama PRAZER. E para quem é adulto ele vem acompanhado de CULPA. E eu estava preocupada com o dia do meu aniversário pq eu não sabia o q fazer com ele. O q fazer no dia. Reunir família ou amigos? Festar? Beber ???

Resolvi fazer o q eu queria. Como na empresa em q eu trabalho tenho direito a um dia de folga, pedi no dia do meu aniversário. Numa quinta-feira. Chamaram-me de louca porque eu deveria ter pedido na sexta só pra EMENDAR. Coisas de brasileiro. Eu não. Meu desejo esse ano era: não quero passar dentro do meu ambiente de trabalho o MEU dia.

Mas o q vc vai fazer ????

Acordei às nove. Fui para o salão me depilar às 10 da manhã. Almocei com meus pais. Voltei para fazer as unhas. Recebi ligações, sms, mensagens no whatsapp. Mensagens no Facebook. Comprei um rodo moderno em q vc não precisa pôr a mão pra extrair a água suja. Atravessei a cidade para comprá-lo. Dane-se, eu não vou mais acabar com o meu esmalte da semana por conta de atividades domésticas. Voltei pra casa, dei uma volta com a minha cachorra até ela cansar. Lavei a louça. Coloquei as roupas pra bater na máquina de lavar. Fiquei duas horas no celular com a minha prima.

Pra muita gente é programa de índio, mas pra eu conseguir passar o dia sem prestar contas dos meus minutos é um grande presente. Não levar desaforo de gente estranha uma vez ao ano é uma glória. Almoçar num tempo superior a 15 minutos é um luxo. Ando escravizada pelo tempo, mas hoje, no dia em q eu nasci libertei-me por 24h de todas as correntes que carrego pelo resto do ano.

E agora devo ir, porque uma folga dessas, só no ano q vem.




domingo, 21 de outubro de 2012

A dor de ser Mulher


Hj rolou uma daquelas epifanias, justa aquela q dá qdo vc está realizando a atividade mais banal do dia. Numa medida de economizar uns reais decidi por conta própria depilar a sobrancelha. De pinça e tesoura na mão decidi retirar apenas os pêlos extras, afinal, não sou nenhuma depiladora profissional e qualquer pêlo a mais significa um desenho um pouco estranho além de um olhar desconfigurado. Extraindo pêlo por pêlo de repente me dei conta que nenhuma mulher nessa vida não está salva da dor.

O que fazemos por nossa beleza, vaidade e estética não foge em nada de métodos medievais. Se for preciso sacrificar nosso corpo, ser mutilada ou matar alguém na rua, nós mulheres o fazemos. Primeiro nos enfeiamos para no final ficarmos bonitas. Colocamos papéis laminados de cozinha em nossos cabelos, o mesmo que usamos para assarmos carne, para fazermos mechas que nos darão auto estima.

Se tivermos q viver a base de água, sopa e shake para entrarmos em um vestido de festa: YES, WE CAN. Entortamos o rosto a cada gole de chá verde sem nenhuma adoção de açúcar e com mto gengibre para queimar a gordura. E se preciso for, sacrificamos até o último limite da conta corrente para pagarmos pacotes de drenagem linfática, corrente russa ou massagem modeladora, tudo em nome do corpo, #Amém.

E vos digo, meus queridos e queridas, não passamos por todos esses procedimentos estéticos sem sentir dor. Na verdade para mulher chegar ao final de cada estágio da vida não há nada que não seja pela dor. Raríssimas são as mulheres que nada sentem porque a maioria, ah sim, sentem cada desconforto. Primeira menstruação, primeira experiência com a cera depilatória, cólicas, puxa puxa de escova. Colorir cabelos, puxá-los com agulha de crochet  para fazer luzes. Coisas que até Deus duvida.

Eu ainda não cheguei na fase radical, quando o facão entra em cena. Lipoaspiração, cirurgia plástica, arranca uma costela, coloca grampos no estômago. Resolve ser mãe e não importa se é parto normal ou cesária, aonde houver uma mulher haverá uma dor. Física ou emocional.

O que mais me impressiona não é a mulher ter a sina de viver na dor, mas como a enfrenta. Se preciso for arrancar um membro ou se sacrificar por alguém, ela o fará. É como se vencer a dor fosse o prêmio pela resistência. Aguentou? Aki está sua recompensa. Sobreviver é muito feminino.