domingo, 27 de dezembro de 2009

Um ser humano romântico, por favor.

Pessoas românticas são raras. Não falo daqueles que mandam flores. Falo daqueles q possuam atitudes românticas. Tais atitudes são impagáveis. Não estão na vitrine e não se encontram na esquina.

Pessoas românticas estão em extinção. Talvez com Vênus transitando em 2010 as pessoas sejam estimuladas pela paixão ou pelo amor. Tanto faz. Pessoas românticas são apaixonadas. Elas nasceram assim, é sua sina, sua missão na Terra.

Românticos dançam enquanto os céticos sapateiam. Românticos roubam flores, cantam no telefone. Românticos são criminosos do Amor. Para eles existem redenção. Românticos são divinos, são anjos, candidatos à santos.

Para ser romântico não adianta ser rico. Dinheiro paga um banquete, mas não compra o prazer de salivar diante de um prato. O romântico te toma pela mão, enquanto os ciumentos desejam te pegar pelos pés. O romântico é livre justamente pelo amor sê-lo assim. Liberta para que vá e volte.

Eu não sei não ser uma pessoa romântica. Nunca pedi ouro, mas sempre pedi um Amor para chamar de meu, mesmo sabendo depois q Amor não é posse. Eu poderia ficar um bom tempo sem telefone, sem internet (acreditem) mas eu jamais ficaria com meu coração vazio.

Como nao foi possível add o video, por favor, confiram. Vale a pena

sábado, 19 de dezembro de 2009

Querido Papai Noel,

Não, não sou criança e não, não quero um playstation 3 (prefiro o Nintendo Wii ). Não estranhe, mas acredito que um homem de barbas brancas possa me atender. Em tempos de corrupção, aquecimento global e crise econômica nada mais me resta a não ser sonhar um pouco e principalmente, acreditar no inacreditável.

Esse ano eu me comportei. Na realidade, eu sobrevivi. Não posso reclamar, sou um ser humano de mta sorte, mas o sr. sabe tive mtos dias cinzentos. O importante disso td foi o saldo: me fortaleci.

Se td mundo pede alguma coisa, gostaria tb de fazer o meu pedido. Assim, se estiver algum estoque, por favor, já reservo desde já minha encomenda. Não, não quero um celular com tv digital e espaço para dois chips, longe disso. O q desejo que o senhor me presenteie na noite de natal é “Paciência”.

Entendo q não seja algo q possa ser comprado em qualquer loja ou q esteja disponível em alguma vitrine. No entanto, peço porque  ser paciente nesses novos tempos é uma virtude.

Papai Noel, sei q o sr. não vai esquecer q sou meio traumatizada com esses senhores q ficam nas ruas te imitando, mas por favor, releve e me envie com máxima urgência um kg de “Paciência” para q eu não desista no meio do caminho e principalmente q eu não desista de mim mesma.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

A difícil arte de ser discreto

Sou escorpiana. Acredite, levo mto à sério esse papo de astrologia. E como nativa desse signo, tenho meu lado misterioso e reservado. Tenho coisas estritamente minhas. Não divido enquanto não estiver td digerido por mim.

Tem gente q não. Dá um peido e corre pro Twitter. Tecla no blackberry dentro do banheiro no momento do número 2. Termina o namoro e sai correndo pra colocar “Solteiro” no Orkut. Faz um álbum de 587 fotos da última viagem cujas poses pouco se alteram.

Parece uma urgência em contar pra td mundo o q se faz ou deixa de fazer. Engraçado q qdo alguém comenta algo ou faz fofoca o ser humano q justamente foi o autor do post acha um absurdo, que estão se intrometendo na sua vida. Hã-hã. Como se a internet não fosse o domínio mais público do Universo.

Sinto falta desses momentos. Em q vc se pergunta por onde andam as pessoas, qdo brota a saudade. Qdo vc saí em busca delas por seus sinais de vida. Pessoas q enchem meu quadro de atualizações do orkut não me interessam.

domingo, 29 de novembro de 2009

Posso te dar um conselho?

Conselhos. Existem vários. Tua mãe te dá conselho (ou seria pitaco?), revista feminina dá conselho, o cara da fila do bco dá conselho. Impressionante o número de pessoas q têm a disponibilidade de se intrometer na tua vida. Nada mais me assusta.

Lembra-se do video “Use Filtro Solar?” Tem uma parte q o Pedro Bial fala q “ conselho é uma forma de nostalgia. Compartilhar conselhos é um jeito de pescar o passado do lixo, esfregá-lo e pintar as partes feias e reciclar td por mais do q vale”.

Discordo. Um dos melhores conselhos q já recebi foi da minha ultra super amiga Letícia. “Vamos sonhar pq não paga imposto”. E viver nessa loucura de mundo aonde vc se frusta a kd esquina pq não consegue ter kd celular bacana q sai, não tem salário suficiente pra reformar o guarda-roupa ou qdo o universo conspira contra vc, nada mais nos resta a não ser Sonhar.

E qdo digo Sonhar não é só ganhar na mega-sena, ter um cabelo maravilhoso ou conhecer o amor da tua vida. Vale td. O campo onírico comporta td o q nossa vontade deseja. Não há regras, não há limites. Às vezes vc fecha os olhos. Outra vezes vc sonha qdo tah no carro, com trânsito empacado. Pode ser lendo, pode ser vendo tv. O modus operandi não está vinculado à forma.

Se eu pudesse vos dar um conselho, furtaria esse. Sonhe. Enquanto o nosso digníssimo Presidente da República não tributa esse nosso deleite, o nosso pão de cada dia das nossas almas.

sábado, 14 de novembro de 2009

Marido de Aluguel

Amo novidades. Sério. Com casa nova e mta coisa pra arrumar e sem nenhum homo sapiens por perto, o jeito é apelar. E Campo Grande pela primeira vez não me desamparou. Peguei o classificados e lá encontrei: Marido de Aluguel.

Liguei. Quase me mijando de rir. Como requisitar o serviço? Por favor, serviços gerais. Eu precisava instalar umas cortinas, ajeitar uns quadros, cosinhas que requisitavam furadeira, escada e uma força masculina.

Marquei às dez da manhã. Como qualquer marido, chegou atrasado. Eu esperava um senhorzinho igual ao q eu vi numa matéria da revista Gloss, tiozão mesmo. Fiquei surpresa. Chegou um cara de 26 anos e super animado e cheio de ferramentas. Perguntou-me o q eu queria (no bom sentido), ele fez o orçamento, chorei um desconto e fechamos o negócio.

Para minha surpresa, pensei q o serviço fosse feito no outro dia (coisa de marido, sabe?). Mas q nada! O moço já pos a mão na massa e foi resolvendo td. Contou a história da vida dele, como começou a trabalhar na área e em td pedia minha opinião. Um primor!

Qdo a gente pede pra um homem (o nosso) fazer um serviço assim, não adianta. Por mais fofo q ele seja e por mais q ele te ame, sempre rola uma reclamação. Eles não entendem nossa necessidade de pôr a casa em ordem. E sempre é pra ontem. Casada eu posso não ser,  mas já posso contar pra td mundo q Marido de Aluguel, já tenho um pra chamar de meu!

domingo, 1 de novembro de 2009

A vida não é uma novela

Tem gente que me acha anormal por não assistir novela.  Até parece q eu vou vou deixar de fazer o q eu tenho por causa de novela das 8, mas nem por decreto lei ou chantagem emocional. Honestamente, a última novela q acompanhei foi “A Próxima Vítima” porque o final só se revelou no próprio dia. Pra mim suspense é isso.

Como estou sem tv a cabo e internet, minha única opção foi os canais da tv aberta. E querendo ou não lá me vi, assistindo “Viver a Vida”, mais uma obra de Manoel de Carlos. Como se isso fosse mudar minha vida.

A Helena, personagem da Thaís Araújo, é modelo, vive feliz com o cabelo puff, é casada com um cara rico, viaja pra Paris (sem preocupação alguma) e do nada nem sei em qual capítulo já tava na Jordânia. Antes q eu me esqueça, quem é afim dela é nada mais, nada menos do que o Carlos Casagrande e o Thiago Lacerda. E para fechar: ELA RECUSA OS DOIS.

Vamos aos fatos: apenas 0,5% das mulheres são felizes com cabelo puff. Se eu estivesse mentindo não haveria escova inteligente, progressiva e outras opções. Outro ponto: ela vai pra Paris como quem vai pra Miranda pescar. Por fim, recusar Casagrande e Thiago Lacerda pra ficar com um coroa q pegou a Eva antes do Adão… Ahh faça-me um favor.

Eu fico pensando na população feminina e carente (tanto emocional como economicamente) q deve pensar q a vida é assim. Q felicidade é isso. Q infelizes somos nós, pobres somos nós porque nem um terço da vida de Helena chega perto da nossa humilde realidade.

Não aguento mais ver a Globo vender uma vida q não podemos ter. Td q falo é tão certo q vi uma capa de revista de fofoca que queriam já matar a Helena. MAS É CLARO!!! Vida de mulher não é perfeita. Sofremos pra ficarmos lindas, ralamos pra ganhar nossa grana isso sim dá roteiro pra uma novela.

domingo, 11 de outubro de 2009

Dia das Clianças

Se nao fosse pelo meu amigo Raphael, eu não teria começado essa crônica. Ele foi o único ser humano q me desejou Feliz Dia das Crianças. E sem querer hj de tarde me pus a pensar nisso. Fui caminhar no Belmar Fidalgo, uma outra praça perto de casa e lá na areia do parquinho havia várias crianças se acabando em brincadeiras.

Em tempos de tecnologia, Playstation 3 e Nintendo Wii me admiram os pais que levam a criançada pra se acabar em um brinquedo tão vintage. Não posso falar antigo pq eu tb já brinquei mto e graças a Deus nunca tive nenhuma micose de areia de parquinho. No meu tempo (e não faz tanto tempo assim) não existia essas neuras. E digo, fui mto feliz brincando em escorregador e disputando a tapas o balanço.

E o Rapha comentou algo bacana: “pros nossos pais sempre vamos ser eternas crianças não acha?” Vou pra minha segunda mudança de casa e era pro meu pai me ajudar nesse final de semana já q tem o feriado de segunda. Tinha q ver a carinha dele. Primeiro pensei q ele nao tava afim de ajudar, mas depois do q o Rapha falou pensei: “é… ele não quer q eu vá embora”. Resolvi deixar pra semana q vem.

Eu não vou ganhar nada de dia das Crianças. Já tive os brinquedos mais legais da Estrela, video-game, Pense Bem, lanchonete do Mac Donald’s, mas ser criança, ainda q aos olhos dos nossos pais, é muito melhor q ganhar tds os brinquedos q um shopping center pode nos oferecer.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Alcateia, Jiboia, …

Não sou um ser resistente à mudanças. Estranho no começo. É natural. Tem a fase de transição e adaptação. Depois pega o embalo e vai. Acontece q essa Reforma Ortográfica tem me causado arrepios.

Sempre fui uma ótima aluna de Língua Portuguesa. Sério. Redação tb. Escrevia e estudava por prazer. Deleite. Tinha minhas dúvidas, é claro, mas nada q uma gramática e um dicionário não resolva.  Agora, Nada será como antes.

Eu estava lendo uma nova edição do livro “Montanha-Russa” da Martha Medeiros e de repente vi lá – PARANOICO – assim mesmo. Sem acento. Como eu já havia estudado um pouco, lembrei-me: PAROXÍTONA TERMINADA EM DITONGO ABERTO “OI”, NÃO É MAIS ACENTUADA.

Se vc ler a Veja, verá: IDEIA. Assim mesmo. É mesma regra da paroxítona supracitada, porém com outra terminação. Na propaganda do canal Sony vai rolar a ESTREIA do filme.

A única vantagem q vi foi a extinção do Trema. Ok, compreensível. Agora as regras do Hífen. PELOAMORDEDEUS. Nem mais 18 anos de escola e eu consigo engolir td goela abaixo.

Enfim, estamos no Brasil. Isso q dá Presidente semi-quase analfabeto aprovar uma Reforma nessa proporção. Se escrever está complicado imagina falar como os lusitanos:  “Vou estar a estudar tds as normas”.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Máscaras pra q te quero?

Eu odeio casais felizes, e-mail com powerpoint e pessoas bem humoradas às sete e meia da manhã. Eu não acredito nesse tipo de manifestação de felicidade. Pelo contrário, repudio. É falsa e cretina. Não confio nesse tipo de ser humano. Sério, não entra na minha cabeça q uma pessoa seja ela mesma 24h. Só se cheira cola ou é milionário da mega sena acumulada.

Para mim a gente tem q ter um “quê” de realismo. Um surto durante o dia, um xingamento no trânsito, uma careta pra um desconhecido. A vida sem um defeito é surreal. Aquele cara não deve ser tão perfeito assim, ele deve ter seis dedos, uma cicatriz no rosto ou uma espinha horrorosa na bunda.

Não, meus queridos, não é pessimismo. Sério, até a Juliana Paes tem celulite na bunda e eu fiquei tão realizada. Pela primeira vez em anos me sinto uma pessoa comum. Os defeitos dos outros pode nos tornar humanos também. Ver q vc não foi a única com um passado negro dá certo conforto, afinal, ninguém passa ileso na vida. Td mundo já foi cafona um dia, já teve cabelo “puff” e já pegou cara feio.

Desnecessária essa ânsia em querer mascarar algum defeito ou um sentimento. Tem gente q tenta de tudo pra convencer o outro que ta bem q ta legal, mas vai dormir com akela pontinha de dor no peito pq não consegue convencer a si mesmo. Fingir o tempo todo não adianta. Melhor encarar, melhor dizer: Hj não to legal, mas quem sabe, mais tarde meu humor melhore, minha auto estima volta. Não existe “para sempre”, confio mais no “até logo”.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

So Far Away...

Hj eu quero falar sobre distância. Mas não vou medi-la. Qdo a gente sente saudade a distância parece que é a mesma se vc mora no Acre e quem vc gosta está na Nova Zelândia ou se o q te separa da pessoa é apenas um bairro ou uma porta.


Das grandes injustiças da vida sempre achei a distância a pior. Se eu for analisar, as pessoas que mais gosto ou me dou bem moram longe. E qdo eu digo longe é necessário pegar um avião ou passar um dia inteiro no ônibus pra conseguir um abraço ou um beijo. Para alguns isso é penoso, mas para mim sempre foi comum. Normal é se preparar, arrumar mala, comprar passagem, se deslocar para um aeroporto, rodoviária, fazer check in, despachar bagagem e correr a estrada ou cruzar o céu. Nunca tive preguiça pra isso.

Parece q eh nesse momento q vejo o amor acontecer pra mim. Dah o gelinho no estômago e o frio na espinha. Vc deixa td pra trás pra passar um final de semana ou um mês juntos. Não, eu não sou uma pessoa masoquista. Longe disso. Na verdade, eu acho q sou uma romântica à moda antiga, de ficar olhando na janela, de suspirar, de escrever cartas.

Distância gera saudades e é inevitável vez ou outra vc se pegar chorando. Mas a distância tem o seu quê de encantamento sim. A gente cria meios de estar presente e inventa seus próprios sinais de fumaça. Estar longe talvez seja a maior prova q vc está mais perto, dentro da cabeça e do coração.

Não agüento ficar mto tempo longe. Respeito a distância, mas espero q ela Tb respeite meus sentimentos. Por isso eu tenho asas. Eu vôo sempre para o Sul.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Vc acredita em q?

Necessitamos urgentemente de pequenas esperanças, de acreditar em Jesus Cristo, no Silvio Santos e que o Stallone e Schawzenegger vaum salvar o mundo. Precisamos acordar e olhar pro despertador e sentir q não fomos abduzidos por nenhum E.T e q sim, estamos vivos. Precisamos acreditar q um dia vamus ganhar na mega-sena, que vamus ganhar um carro só mandando um torpedo e que sim um dia vamus pra Europa. Isso meus queridos q nos lembra porquê estamos vivos.

Precisamos dessas pequinesas porque nao eh soh dinheiro q nos motiva tirar o corpo da cama. A gente precisa acreditar, ainda que td isso esteja invisível aos olhos ou tão distante quanto a Nicarágua. É uma mera expectativa de direito. Mas já é alguma coisa. A gente precisa acreditar em algo, q Elvis não Morreu, q 2 + 2 são 4 e que td q sobe desce. A gente precisa ter um mini manual de sobrevivência, nem q seja o nosso, inventado, de experiências ou de medos. Próprios ou alheios.

Eu acredito em Deus. Acredito q td q vai, volta. Acredito q o inferno é na Terra. Nunca vi um ET, mas acredito que o universo é gde demais pra existir só a gente. Acredito no sorriso da Monalisa, em algumas lendas urbanas, mas não engulo a história de que o Homem foi à Lua. Mais do que td isso: acredito q ainda dá pra acreditar que para cada nuvem cinza existe um céu azul pra tds.

sábado, 25 de julho de 2009

Eu não quero viver 100 anos

Esses dias faleceu o homem mais velho do mundo. Sempre dizem que é o mais, acredito q exista uma linha sucessória do título entre os velhinhos. Já se tentou descobrir a fórmula da longevidade da vida bem como arrazoar os elementos que permitiram a essas pessoas atravessar um século.

Surpreendo-me q tenham passado por guerras, hajam visto eventos históricos, assistiram a chegada de filhos, netos, bisnetos e tataranetos. Por outro lado, me assusta o fato de com o passar do tempo transformarem-se expectadores das histórias alheias e sentir o corpo perder pouco a pouco a sua vitalidade assim como suas memórias vão se confundindo na sua linha do tempo.

Eu não quero viver cem anos. Na verdade eu acho que a gente não precisa de tanto tempo assim. Eu sei que reclamamos de não ter tempo de fazer td q precisamos e gostaríamos. Não se pode comparar esse tempo com aquele que se contabiliza a vida.

Sei que se somarmos td as horas teremos anos. O q não desejo eh acumular tantas horas assim. Quero q minha vida caiba em um calendário enxuto que me permita transitar em cada fase sem a necessidade de queimar etapa alguma. Quero seguir a lei da vida: Nascer, Crescer, Reproduzir e Morrer. Pq eterno mesmo, só o Amor.

sábado, 20 de junho de 2009

O Brasil tem a imprensa que merece


Eu evito, eu juro q evito escrever sobre temas muy polêmicos como Acidente do avião Air France, Caso da menina Isabela, Roubalheira no Senado ou qualquer notícia q passa vinte vezes por dia em trocentos canais. Não é falta de opinião. Afinal td mundo tem opinião sobre alguma coisa por pior q seja.

O q me revoltou foi a última decisão do nosso “inteligentíssimo” STF (Supremo Tribunal Federal) em abolir de vez o Diploma de Jornalismo. Foi o meu soco no estômago. O Brasil virou o “Jardim das Delícias”, aquele quadro do pintor Bosch. Aqui pode tudo. É Senador viajando pra td q é lugar com o nosso dinheiro. É imposto de carro que É TEUUUUU, de casa que É TUAAA, sobre salário que É TEUUU e além de outras cositas más.

A minha história com o Jornalismo é um amor platônico. Foi uma mega luta para meus pais aceitarem minha opção acadêmica. Agora é aquela risadinha do tipo: “Ta vendo??? É só tirar o registro q pronto!”. Obrigada, de coração, Senhores Magistrados do Supremo. Eu q passei 4 anos com a bundinha colada na carteira, cumprindo minhas horas curriculares e extracurriculares além de me dedicar com mto afinco e é claro pagar para ter o meu tão sonhado diploma, agora vejo os senhores comparar o nosso curso com um cursinho técnico de moda ou culinária.

E falando em comida, eu não engulo a fundamentação de Vossas Excelências. Nem me venha repetir a historinha de que é uma garantia constitucional exercer a livre expressão de comunicação, bem como é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, que é livre a manifestação de pensamento e outros incisos do art. 5º. Não. Nem venham me dizer que para ser um bom cozinheiro não é preciso ter feito faculdade de Gastronomia ou então para ser estilista não é pré-requisito ter Faculdade de Moda.

Sei e respeito as opiniões dos colegas que acham q foi pro nosso bem, quem é bom vai sobreviver e q aumentará a responsabilidade. Eu não me conformo. As emissoras de tevê riem à custa das nossas misérias porque é compensador ter uma Ana Hickman tomando o lugar de um profissional da Comunicação com a devida habilitação já que o salário não é o q vai engordar o cofre dela, mas as propagandas e marcas de cosméticos. Só pq o seu rostinho está ali, estampado tds as manhãs, enquanto mtos correm atrás de uma redação que os aceitem.

E é isso, mais um capítulo tosco da nossa Justiça Brasileira. Afinal, acho q a moda deveria pegar nos outros cursos Tb. Preferencialmente no curso de Direito. Já que não se faz necessário ter um diploma pra tomar uma decisão tosca como esta. E obrigada eminente Ministro Marco Aurélio Melo pela sensatez em nos defender.
Para aqueles que discordam, acessem:
http://www.tutube.com.br/diplomasim/

quinta-feira, 11 de junho de 2009

A Mulher Trem Bala



Delícia é ler algo bom de cara. Pegar um livro e ver naquelas páginas quem está lá é vc e não a personagem. Senti isso qdo li pela primeira vez os textos de Martha Medeiros. Gaúcha, Publicitária e escritora. Não conheço mto sua biografia, mas Martha me conhece mto bem. Fomos apresentadas por minha amiga Letícia (gaúcha tb por sinal).


A senhora Medeiros escreve como alguém q te falasse ali, sentada ao teu lado, q a vida é muito mais do q esses nós cegos dados em algum barbante que caiu de paraquedas no teu colo. Essa gaúcha já me salvou mtas vezes de dúvidas q me apareceram. "Insalubre é não amar", uma vez disse em suas crônicas e eu poderia transcrever tantas passagens, tantos textos inteiros que vcs me enxergariam mto mais nas palavras dela do q nas minhas fotografias.


Martha Medeiros, sim, está viva e escreve periodicamente no jornal "Zero Hora" e no blog do http://www.clicrbs.com.br/. Relutei um tempo em não descobrir como ela era fisicamente. O leitor cria uma representação muy forte e tem medo de se decepcionar com o ídolo. Para minha surpresa, Martha é nova, bonita e sempre tem o q falar acerca de qualquer assunto.


Obrigada por tds as suas crônicas, suas palavras, seus conselhos, mesmo sem saber quem eu sou. Mesmo sem morar no seu Sul.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Digite a Senha


Na vida tecnológica um ser humano sem senha não é ninguém. Sim, falo daqueles números mágicos que vc usa no cx eletrônico, para bater teu ponto no trabalho ou acessar seu e-mail. Não importa se é número ou letra, tds nós temos o nosso código da Vinci.




No princípio eram poucas. Correio eletrônico e cartão de débito. Depois vieram os telebancos, MSN, Orkut. Para os mais nerds, blog, fotoblog e outras redes sociais. Minha vida piorou com as senhas alfanuméricas. Acho inconcebível combinar letras e números. Assim como banana não se mistura com comida (não para mim). Letra não se ampara em número. Imagina se falássemos "di47git9al". Sem condições. No way.




Não nos bastam as senhas q necessitamos decorar. Precisamos conhecer tb os sinais do corpo e o peso do ambiente que adentramos. Temos q saber que o olhar do seu namorado é do tipo "peloamordedeusvamosembora" é a senha de acesso para que vc diga: "- Ok, realmente temos que ir embora".




Gastamos tanto fosfato e dedo que kd dia que passa acredito que no futuro teremos gdes cabeções de tanto q nos entupimos com senhas . Pensei que no ano 2000 usaríamos nossas retinas para acessar dados, que nossa digital substituiria esses cartões e q nossa voz daria comandos básicos como acender a luz ou trancar a casa. Nós ainda não chegamos lá. Há muito trabalho para a nossa massa cinzenta. Ainda bem.




sábado, 9 de maio de 2009

Manhêeee




Como blogeira e jornalista, não dá para sair ilesa do dia das mães. Enfim, temos q escrever algo e reparei q eu nunca havia escrito nada. Tenho certo medo de escrever sobre assuntos muito divinos. E mãe, naturalmente possui essa áurea por pior mãe q seja.

Dizem q mãe é uma só. Eu não acredito. Não menosprezando a minha mãe, de modo algum. (posso ir pro inferno por causa disso), mas eu sempre tive várias mães. Minha irmã foi por muito tempo minha mãe. Ela cuidou de mim assim q eu nasci, me arrumou td bonitinha para o meu primeiro dia de aula (um conjuntinho amarelo, um tênis com cheiro de tutti-frutti, minha pasta dos ursinhos carinhosos e minha lancheira da Liga da Justiça).

A Lourdes que trabalha na minha casa só há 28 anos também é minha mãe. Ela sabe o que gosto de comer. Se vc quiser me conhecer é só questioná-la. A Lourdes entende que eu não acordo mto bem humorada, que não suporto luz e não misturo carboidratos no almoço.

Dia das mães é uma tortura pra mim. Por mais q eu me esforce a presenteá-la nunca consegui. Contrário da minha irmã que acerta cor e tamanho. Eu sempre estive à margem disso. Td era mais fácil qdo a gente era criança. Eu fazia akelas lembranças horrorosas da escola e achava que estava arrasando. No jardim eu fui a única criança que pintou o porta-jóias de coração na cor verde pra dar pra mãe. Foi qdo ela pensou q eu fosse daltônica.



Enfim, hoje o “Dia das Mães” transformou-se em dia de lucro. São celulares a preços ótimos, grandes liquidações e a uma obrigação de compra para provar que o tamanho do amor pela tua mãe é o tanto que tu pode gastar por ela. Amor de Mãe não tem preço, mas o seu pode ser parcelado em três suaves prestações.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Eu não consigo misturar

  • Às vezes ser simples é uma benção. Algo mais ou menos assim: tomar suco de laranja, escolher picolé de uva e pedir bolo de chocolate. Sem maiores complicações.
  • Eu não suporto gente que inventa moda. Suco de cupuaçu, pizza califórnia (argh!) ou sorvete de pistache. Não entendo e nunca entenderei. Não q eu não goste de experimentar coisas novas. Não é isso, mas parece que na vida já existem combinações pré determinadas.
  • Queijo com presunto, leite com Toddy, arroz e feijão. Pra mim, por exemplo, não tem coisa pior do que misturar fruta com comida. Não adianta, não desce, não engulo. Frescura? Talvez, mas não me convença de que tenho q comer banana com arroz e feijão td no mesmo prato. Banana é fruta e arroz com feijão é arroz com feijão, Oras! Cada um na sua pirâmide alimentar!
  • Não sei o q tem de difícil por ordem nas coisas. Eu sei, vc aí q me lê tem a sua frescura favorita, mas por favor, nem me fale, tá? Lembro q no 3º Científico (e nem faz tanto tempo assim), um guri da minha sala comia miojo cru no intervalo. Depois do vestibular nunca mais o vi. Por que será?
  • Tá ok, não tenho essas preferências esdrúxulas, não misturo nada. Talvez minha maior ousadia tenha sido misturar coca cola com sorvete. E olhe lá. Mas quem sabe, um dia, eu seja punida pelos Deuses da Gula e numa gravidez me dê vontade de absurda de comer pepino com leite de coco. Daí eu volto e conto pra vcs que gosto tem.

domingo, 19 de abril de 2009

Ano Novo ou Novo Ano?

Um Ano Novo pode ser o 1º de janeiro de qualquer ano. Para alguns o Ano Novo só começa depois do Carnaval. Para os mais preguiçosos só na Páscoa.

A grande questão é: precisa-se de uma data para começar um Ano Novo? Tudo bem que um feriado, um dia 31 cheio de energias e boas intenções, uma roupa nova é um incentivo. Mas a ressaca do dia seguinte não permite que tu comece tua caminhada tão prometida no ano velho.

Eu acredito em Novo Ano. Em você se redimir em qualquer data da tua vida. Seja no meio da Quaresma, no 5º dia útil do mês ou depois de um acidente de carro. Num Ano Novo você faz o teu calendário e cumpre tuas promessas. Um Novo Ano começa quando você muda de emprego, de cidade, de namorado.

Tem gente que espera o aniversário para um update astral ou precisa de uma roupa nova ou até mais, um empurrãzinho. Não importa. O que vale é a tua vontade mais íntima de nascer de novo sem precisar ser parida.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

A difícil arte de ser um Voluntário


Minha mãe sempre se participou de Ações Sociais. Trabalhou para a extinta LBA e ajudou em várias creches, arrecadando brinquedos, roupas e passando o dia das crianças lá com tds elas. Eu sempre acompanhei. Para uma filha única q brincava sozinha de repente se ver em meio a tanta criança era o máximo.

Sempre fui muito bem resolvida com essa história de ajudar ao próximo. Esclarecida até demais. No recreio, pagava lanche na escola pros coleginhas o q fez com q meu pai quase falisse td final de mês ao pagar a conta na cantina. Participava em campanhas para arrecadar alimentos e achava q estava contribuindo muito.

Só fui entender o que era voluntariado quando fui convidada para pela FEBRAFARMA. Trata-se de uma empresa de medicamentos q tinha um projeto para acadêmicos de Jornalismo. Era uma ação voluntária que consistia em visitar os idosos q residiam em asilos. Eu ia aos sábados para visita-los. Foi uma das melhores coisas q eu já fiz na vida. Eles só precisam de alguém que sente e converse com eles. Só isso. Doação de tempo e atenção. Nada q arranque um pedaço teu ou depósitos em contas correntes.


No HSBC foi criado o Instituto Solidariedade. Começou a onda de Responsabilidade Social e sempre ajudei dentro das minhas possibilidades. Mais financeiramente do q presencial. É mto fácil vc dar dez pila, o grande barato é saber para aonde vai essa grana. Como sou “mão na massa” assumi como “focal” da minha agência. Sou aquela coleginha que passa de mesa em mesa pra conversar e convidar a tds para participar das campanhas. Páscoa, Inverno, Dia das Crianças e Natal. E vos digo, kd vez está mais difícil mobilizar pessoas.

Recebo caretas, perguntas cretinas e nãos. Sim, tem gente q tem a pachorra de dizer que não vai participar seja por questões políticas ou falta de grana. Como o próprio nome diz, “voluntário”, eu não posso simplesmente tacar o grampeador na cara do coleginha q simplesmente não quer participar. O q vos reclamo aki não é o funcionário ficar bem na “fita” com o chefe, nada disso. É colaborar com gente q está esperando tua ajuda por mais q não saiba q vc exista. É deixar de ser egoísta ao menos duas vezes por ano. Concluí q voluntariado não é trabalho formiguinha, mas matar um leão em kd coração de pedra. E nessa Páscoa não foi diferente.

Depois de escolher uma instituição, conversar com colega por colega, motiva-lo e convence-lo de participar, no final, vc nem lembra dessa luta toda. Qdo vc chega na instituição e é recebido por tds com tanto carinho td se dissolve. E vc vê q Fernando Pessoa sempre esteve certo: Tudo vale a pena.

terça-feira, 17 de março de 2009

Algumas considerações sobre o Medo


O segredo é não ter medo. Se pensar demais acabamos por não ir, se pensarmos de menos ficamos inseguros e abandonamos o que poderia ser o grande triunfo, sua vitória.

Tem gente que é cagão. Tem medo até de atravessar a rua, de escolher sua própria comida. Tem medo de falar "Não" para os outros.

Esse não é o medo sadio, igual aquele medo que te dá um frio na barriga antes de falar em público ou de ver alguém q mexe conosco. Esse ó medo gostoso. É só encarar que passa e geralmente vem acompanhado de finais felizes.

Agora, o medo, aquele medo q tranca tuas pernas, q te paralisa, não. Não é bueno. O medo de ser feliz, de abandonar o emprego te desgasta, é o medo de voar, é o medo q te impede de ser feliz. É a torcida do contra, é a tua tia chata que não te vê há uns dez anos e ainda te chama de gorda.

Esse medo, é o medo que precisa ser vencido, extirpado. É o medo com medo do Medo, cujo medo é q vc descubra que o grande segredo de td é não ter mais medo.



Entendeste?

domingo, 8 de março de 2009

O que que há, Velhinho?


Quando sabemos q estamos velhos? Bom, velho é o avô. Velho é alguém com mais de 60 anos É o cara careta. É a tia pagando de menininha. Velho é o guri de 15 anos chato que reclama de td. Velho não é quem tem pés de galinhas perto dos olhos, mas rugas na alma.


No ano passado tive um susto. Quer dizer, Apareceram os meus primeiros fios brancos. Isso mesmo. Não foi "O MEU PRIMEIRO FIO DE CABELO BRANCO", não meus caros, foi um "tufo". Td bem pensei. Nada de pânico. Dá pra esconder. Até parece. Não conseguia mais dividir o cabelo. Jogava de um lado pra outro como uma loira retardada. Não, não era charme. Era medo de que flagrassem meus novos amigos (ou seriam inimigos?).


Até q um dia não deu mais. Até o meu chefe tirou sarro qdo os viu. O pior de td q o cabelo branco é forte, tem muita queratina. Daí tu vai lá, faz uma escova pra ficar linda e "abençoado fio" salta, lá no meio do teu couro cabeludo para que o mundo inteiro veja que vc está fazendo estágio pra velhice. Fui ao salão da minha tia e ela riu mto, mas mto mesmo. Q isso não era nada, mas nada q um tonalizante não resolvesse.


Três meses depois fui contemplada com um topete branco. Sim, estou quase uma Vampira do X-Men, um Roberto Justus, uma caduca aos 27 anos. Mais assustada ainda, foi ver nas laterais... sim... estou quase um Dr. Fantástico do Quarteto Fantástico.


Esconder a idade? Beleza! Mentir o peso? Td bem... agora cabelo branco, não dá. Não sei, parece q não basta as responsabilidades que chegam com a idade, com as exigências de nós mesmas, com o fato de abrirmos mão de certas coisas pq temos q agir como adultos. No fundo, acho q a gente se prepara mais pros tapas da vida do que pros fios de cabelo branco.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Second chance


Eu não confio em pessoas que acertam de primeira. A não ser em caso de "Sorte de Principiante".


Não, eu não acredito nas facilidades da vida. Eu nunca acerto nada de primeira. Seja uma tacada na sinuca ou na primeira vez em que eu vou na casa de um amigo. Eu sempre me perco.


Às vezes, algumas coisas não acontecem de cara. Não acertamos no primeiro namorado, na primeira faculdade ou na primeira prova pra tirar a carteira de motorista. Isso não quer dizer burrice.


Eu prefiro a segunda chance, ou as novas oportunidades. Qdo podemos tentar novamente, qdo td tem gosto de td ou nada.


Acertar de primeira é sem graça. Te dá a falsa sensação de que vc entendeu como funciona qdo na verdade vc mal experimentou.


Sinto dizer, mas precisamos da frustação. Necessitamos de um "YOU LOSE" para que compreendamos que nem td na vida vem de bandeja.


Divórcios, separações, reprovações, nãos, Adeus podem ser didáticos tb. Tombos, cicatrizes e tropeços não são o fim do mundo. É tua segunda chance. É a semente da tua segunda chance, já parou pra pensar nisso?

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Mamãe eu quero!


Tahí
eu fiz td pra vc gostar de mim

ow meu bem nao faz assim comigo não

vc tem, vc tem é q me dar o seu coração.

Fernanda Takai cantando Nara Leão





É carnaval, eu sei. Hj tem tantas possibilidades de diversão. Antes era aquela coisa de eixo Rio-São Paulo. Hj tu pode ir pra Bahia, pra Pernambuco, pro Interior do teu Estado, pra Retiro espiritual ou até mesmo ir pro teu sofá acompanhar as alas das Baianas ou o camarote da Brahma sem tirar o pezinho do lugar.




Mas falta mesmo, sinto do carnaval da minha época q não faz tanto tempo assim. O negócio mesmo era ir pro Clube de chinelo, short e uma blusinha. Nada demais. Vc comprava convite pra Sábado e Terça pq eram os dias mais cheios. E tocava marchinha. E tu se divertia. Melhor, Td mundo se divertia. Não tinha mulher pelada, eram meia dúzia de bêbados q invadia a tua rodinha e sua mãe saltava da mesa para te proteger.




É isso mesmo. Na minha família, nossos pais iam juntos. E a gente não achava tão ruim assim. Bom, ruim só pra paquerar, mas fora isso td bem. Td pra comemorar um feriado em plena semana. Melhor mesmo é qdo a gente é criança e o tempo demora pra passar. A gente ia na matinê e achava o máximo. Mas daí, rolava fantasia, serpentina, confetes. E era música da Xuxa, marchinhas e muita Coca-Cola.




Carnaval pra mim hj é sossego. É ver a avenida vazia pq tds foram viajar, menos eu. Td bem. Carnaval é tempo de colocar umas coisas em ordem, crônica pra atualizar, amigos pra visitar, quarto bagunçado e matéria pra estudar. Bom, nesse ano, meu bloco não foi pra rua.


segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Q Seja Doce!


Padaria lembra o meu pai. Tds akeles salgados e doces fartos dispostos no balcão são as reminescências da minha infância de criança obesa. Engraçado q na minha época (não tão longe assim) não se falava "Criança Obesa". Vc era o gordinho da turma e tua família dizia q Vc era "cheio de saúde". Hj a criançada pena pra caber no padrão da sociedade.

Como no meu tempo (repito, não tão longe assim), não tive essas neuroses urbanas e ir na padaria era como ir ao shopping. E o engraçado q não havia nenhuma perto de casa. Logo, cabia ao meu pai, o progenitor da casa, sair em busca de comida. Especialmente pão no final do dia. Recordo-me com água na boca dos tempos em que se comprava pão bengala! Não cabia na minha cabeça como um pão era tão grande! hauahauah


E eu acreditava q era o melhor pão do mundo porque podia alimentar uma família inteira. Bom, ao menos na minha casa era assim. E essa história de pão era levada tão à sério que kd um tinha sua cerimônia para comê-lo.

Minha mãe só comia a ponta do pão pq qdo ela era criança meu avô dizia q um turco daki de cg ficou rico de tanto comer a ponta do pão. Mas td isso era desculpa para q minha mãe comesse, já q qdo era criança tinha bronquite e vivia fraca. Meu pai eh o cara q gosta de experimentar. Uma margarina nova, uma maionese com sabor de limão, um patê recém lançado. Não importa. Uma vez fomos pra Curitiba e ele achou no supermercado Leite Condensado em Bisnaga! Pra quê? Seu Osmar tratou de importar! Se não tínhamos padaria perto de casa, quem diria Leite Condensado em Bisnaga??


Já eu era o terror da casa. Pela manhã eu cortava o pão, separava a ponta pra mãe e enfiava minha mão gordinha dentro do pão e arrastava o miolo formando uma bola e besuntava de manteiga. Comia sem remorso algum. O próximo a comer o pão era um coitado pq a melhor parte eu tirava pra mim.

Daí vc cresce e descobre outras maravilhas. Sonhos, croissaints, pães de queijo, sorvete, Carolina... uma infinitude de delícias. E eu e o meu pai tivemos o cabimento de freqüentar uma padaria que ficava do outro lado da cidade só por causa da cocada que eles vendiam. Foi a realização do Seu Osmar encontrar uma cocada branca com pedaços de abacaxi. Uma dádiva para um apreciador de frutas cítricas.


Por isso estou aki, na padaria escrevendo essa crônica. Resgatando um flash da infância, lembrando do cara que me ensinou a prestigiar as guloseimas que a vida oferece.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Ano Novo - Crônica Nova




Tenho traumas de tempestade. Em 85 caiu um raio na minha casa. Dia do aniver do meu pai. 1º de Novembro. Lembro direitinho. Minha irmã, grávida, secando o cabelo no quarto da mãe e depois o estrondo. Correria. Meus pais tentando salvar o q restou do Santana e a Maria, q trabalhava na nossa casa, apressando-me para me levar para a casa da vizinha. Reuní os meus brinquedos favoritos e como se estivesse em um êxodo e assim me dirigi para a casa do Tiago.
Eu e Tiago nascemos vizinhos. Ele em Agosto de 81 e eu em Outubro . Qd ele era bebê chegou a amamentar em minha mãe. Tiago foi o meu primeiro "namorado". Aquela coisa besta q td mãe faz com duas crianças. Mandavam nós dóis darmos beijos e abraços. Sei lá, às penso q as mães fazem isso para educar seus filhos sexualmente. Puta medo da filha virar sapatão e o filho viado. E na minha família os maiores castigos são: ficar pra titia, virar viado/sapata ou ser drogado. O resto tá valendo.
Andávamos de bicicleta, brigávamos mto pq meninos e meninas qd crianças se odeiam e religiosamente iámos um no aniversário do outro. Sempre a mesma história: Chegávamos produzidos por "mamãe", com o presentinho nas mãos e tímidos. No final da festa estávamos suados e super amigos. Crescemos um pouco mais e eu era a única guria da rua. Tiago fez novos amigos e prevaleceu a máxima machista. Meninas dentro de casa e guris na rua. Nutri uma puta inveja dele. Tiago podia brincar na rua, andar de patins e skate e eu tb... só q dentro do castelo encantado. Minha única forma de vingança era não devolver a bola dele qdo caía no meu quintal ou dedá-lo para a mãe dele qdo o filha da mãe tocava a campainha e saía correndo.

Hj o Thiago tem três vezes o meu tamanho, não moramos mais na mesma rua e não nos falamos mais. É inevitável não lembrar dele td vez q eu ouço um trovão. Ainda mais em Janeiro, qdo chove tds os dias. Talvez, tempestades sejam um trauma bacana porque me levam pra melhor infância q uma guria pode ter.