domingo, 8 de maio de 2011

Eu não sou mãe


Eu não sou mãe, mas me sinto mãe de outras formas. Loucura? Pode ser. Tenho meu próprio jeito de entender o mundo.

Tenho 29 anos e confesso que pensei q não estaria aonde eu estou hoje. Pensei q 30 anos já é gente muito velha. Pensei q estaria casada na igreja, no papel, com filhos já quase na adolescência.

Não tenho nada disso. Não me casei. Juntamos o que não tínhamos e estamos juntos há mais ou menos 3 anos. Não, não tenho planos de ter filhos e as pessoas ficam chocadas. Minha mãe já tem 4 netos (prole da minha irmã) e te garanto q nada, nada me anima a engravidar.

Sou um ser tão preguiço que se tivesse filho delivery, certamente eu teria um. Qdo mais nova vi uma reportagem em um revista, acho q na Veja ou Isto é q dizia q no futuro, as mulheres não engravidariam mais. Seriam essas crianças geradas e depois a gravidez passaria para tipo uma incubadora. Aquilo me animou muito.

Engraçado q eu sinto que tenho um lado materno forte. Fico nessa dualidade. Crianças me sensibilizam, mas não a ponto de eu querer ter uma. É uma responsabilidade gigante. Qdo vc é mãe vc é obrigada a ser perfeita. Não existe meia-mãe.

Na vida, a mulher vai acumulando funções. Esposa, profissional, mãe, dona de casa e alguma outra coisa q só ela domine bem. E vc tem q ser boa em tds. Se falhar em uma ou vc cava um divórcio, ou tem um filho marginal ou fica na rua, desempregada. O legado de Eva foi esse.

Mas eu me sinto mãe. Como os pais do Gabz moram longe, sou eu pra td na vida dele. E preciso fazer as vezes meu lado maternal. Como a baby é minha filha, é de mim que ela depende. E eu a trato assim. Quer as pessoas aceitem ou não. Sou mãe deles. Eles são minha responsabilidade. Ser mãe, pra mim é isso. Tornar-se responsável pelo bem estar dos próximos.

Por hoje, anulo meu ventre, mas não meu coração. Se serei mãe de filhos meus ou dos outros não sei. Vamos esperar até o próximo dia das mães.