segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

2011


Não pesquisei os astrólogos e minha consulta com a taróloga está prevista para a primeira semana de janeiro. Logo, vou ter q me virar sozinha. Sim, sou supersticiosa. Não faço nada antes de ler o signo e ficar quieta (coisa rara) no quarto com td escuro para ver se minha voz interior fala comigo. Acreditem. Funciona.
Simpatias à parte, kd um de nós tem seu rito ou podem chamar de TOC, para alguns. Não passo ano novo de roupa velha, nem a pedrada. E muito menos com cara de velório, ainda que eu fique sozinha. Acredito nos astros, acredito na energia do mundo nessa hora. Por mais miserável q seja o ser humano, Na passagem do dia 31 para 1º rola um pingo de esperança. Disso não duvido.
Bom, 2011 não vai ser fácil. Tenho já minhas previsões. Com a mudança de presidente vamos sentir de alguma maneira q as coisas não estarão no seu lugar. 2011 vai ser de trabalho duro. Um dia de descanso vai ser luxo. Já conferiram o calendário? Os impostos subirão, o salário dos parlamentares já subiram e o nosso vai morrer na praia. Logo, não se iluda com o crediário das Casas Bahia.
De resto, Vivam. Olhem menos para o relógio. Abracem mais, principalmente seus colegas de trabalho. Vc passa mais tempo com eles do q com seus familiares-maridos-namorados-afins. Faça uma gentileza por dia. Comprometa-se com algo. Conviva mais com animais, eles nos ensinam mais do q imaginamos. Saía da internet e vá para a rua. Amigos virtuais são bacanas, mas tomar café com um amigo q vc não vê faz tempo, renova a alma e fortalece a amizade.
Fotografe, mas imprima suas fotos. Baixe música, mas ouça tb no seu carro. Tire os fones do ouvido, às vezes a pessoa q está ao seu lado quer trocar uma idéia contigo. Como canta a banda “Vera Louca”: “A vida é de graça.” Feliz ano novo de novo ano feliz.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Bon appetit

Em 2010, bom, não posso reclamar. Perto de 2009 foi um luxo. Não dei conta de fazer td q eu queria (afinal, é a reclamação de sempre, nunca damos conta), mas descobri algo mto bom. Descobri q eu posso e q eu sei cozinhar. Por viver ladeada por grandes cozinheiras como a Lourdes, Dona Alice e minha irmã, arriscar-me na cozinha poderia ser fatal.

Ooooowwwwww, é meus amigos, essa pessoa nerd q vos escreve se divertiu na senzala. Esquentei mta barriga no fogão. E o fiz mto feliz. Se algumas mulheres aguardam despertar o lado mãe, no meu caso despertou o lado "ofélia". Ainda não sou uma pessoa gourmet, mas estou quase lá.

Cozinhar além de prazer, ensinou-me a ser uma pessoa dedicada. Tds as vezes q eu cozinhei, não foi para satisfazer uma gula minha, mas para ver o contentamento nos olhos de quem foi minha cobaia. Fiz frango cremoso, sobremesas geladas, yakisoba, couver flor gratinada, aprendi a substituir ingredientes, comprei mta revistinha Ana Maria e me joguei de colher e alma nessa brincadeira.

Lógico q tive inspirações e fontes confiáveis. O Blog http://www.panelaterapia.com/ me ajudou nessa arte do improviso. Não tem creme de leite, vai requeijão. Qdo decidi aprender a fazer peixe foi lá q aprendi: para temperá-lo sal, limão e pimenta-branca.

Confesso q foi minha válvula de escape. Deixei um pouco de lado os livros e internet e me senti pela primeira vez me concentrada em algo. Quem sabe uma outra hora me dedico só a isso. Em ser uma expert num Bechamel ou uma chef. Vai saber.

Mas por enquanto, vou me distraindo. Vou me permitindo conhecer novos sabores, inventando novos pratos e brincando com o meu paladar.
Para ver:



quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Justificando...

Passo por aqui para tirar as teias formadas. Para justificar-me e uma tentativa vã de desculpar-me. Esse ano, de fato, não fui tão poesia. Não fui tão inspirada. Apesar de mto ter visto, de um pouco ter vivido. Não sei, talvez eu não tenha me sensibilizado ao ponto de me extravazar por aqui. A rotina nos torna secos. Fiquei ressecada. Privei-me de sentir. Privei-me de receber sentimento. Privei-me de fazer o q mais gosto.

Já passou. É hora de retomar o ofício. Momento de pegar a caneta. Debruçar-me sobre o lap. Chega de realidade, de notícias. Chega de ser o q se deve ser. Aqui, no meu quadrado virtual, posso ser poeta. Posso ser escritora, posso ser blogueira. Posso ser a guria que destila amor, q  fala de solidão.

Se eu não o fizer por aqui, não existe lugar nenhum em q eu possa.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Quase 30

Quase 30, quase lá. Quase a próxima da fila. Ter 29 é ter a última chance na casa dos 20, mas com o peso de Balzac. Nada demais ou seria td de menos?

Quase 30 é o pezinho na velhice, é qdo te chamam de senhora e vc diz: - Mas já??? Te perguntam qtos filhos vc tem, mas seu lado mãe é uma bela adormecida.

Quase 30 é vc se preparar para os inconvenientes, é usar creme anti-sinais, filtro solar tds os dias e assumir  que balada td final de semana te quebra ao meio.

Ter quase 30 é achar Justin Bieber um saco, não ver graça no Restart, contudo, entretanto, todavia, bater mto cabelo dançando Lady Gaga.

Ter quase 30 te lembra q vc não precisa pedir pra tua mãe pra sair, q vc tem direito à um dia de beleza ou um Dolce Far Niente*.

Ter quase 30 te isenta de algumas culpas. Td bem ir num cinema na segunda, pagar dez pila numa cerveja importada e passar o cartão de crédito sem dó.

Ter quase 30 me alegra pq eu quase me esqueci q minha idade não se conta em dezenas e sim por quantos sorrisos q minha alma já teve.


(*) Do italiano Dolce far niente, deve ser traduzido como doce fazer nada, isto é, o ócio prazeroso e relaxante.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Amizades q salvam


Preciso urgentemente de pessoas q me inspirem. Pessoas com conteúdo, gente q fala coisa com coisa, ser humano q acrescenta em vez de diminuir. Mas hj em dia isso é raro. Somos bombardeados por tanto baboseira, por tanta notícia q se vc reparar mto bem vai notar o quão repetitivos somos. A notícia q passa na Band é a mesma q vc vai ver no SBT, mas a Globo vai dar um jeito de mostrar alguma parte inédita. Se é difícil contar a mesma história em três horários diferentes, q dirá encontrar alguém bacana q só vai te acrescentar.

Tenho amigos q são pessoas q tem janelas próprias. Qdo nos encontramos sei q vai rolar uma novidade. Sei q vão me fazer olhar para o mundo de outro jeito, ainda q o objeto seja o mesmo. Vão me ensinar novas interpretações. Talvez a graça seja essa. Redescobrir o mundo várias vezes sob mtos prismas.

Domingo visitei um abrigo para crianças com necessidades especiais. Não tem como não ficar impressionado em ver tanto jovem com deficiência mental grave e motora. Impossível não se emocionar com o drama vivido antes de encontrar esse lar que cuida tão bem deles. Fiquei pensando na humanidade (q ultimamente só tem me decepcionado), não parava de martelar a cabeça em descobrir como alguém consegue ter a coragem de abusar de um ser mais fraco justamente pela sua incapacidade de defender-se.

Não satisfeita e com mta sorte, minha prof de Jornalismo, Claudia estava on line no mesmo dia em q isso td me arrebatava. Fiquei feliz pq a Clau é uma pessoa atéia e eu precisa de uma resposta plausível, externa, diferente para td isso. Não acredito q seja culpa de Deus, afinal, Deus é a sabedoria pura, nós q não conseguimos entender nada. E ela foi me iluminando de um jeito fui me conformando com a loucura q é esse mundo. Aliviou-me ter contato, ainda q on line, com uma pessoa q me inspira e não me permite ficar deitada no sofá com a boca escancarada cheia de dentes assim como Raul Seixas disse.

Eu posso ficar ficar sem dinheiro (só por um tempo), posso me virar com roupas velhas, posso cortar uma das refeições, mas ficar, sem gente inteligente por perto, isso sim me causa desespero.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Um conto sem ponto

Hoje fariam doze anos junto - pensou. Caramba... doze anos.. é praticamente a idade de um filho... poderia ser do meu sobrinho. Doze anos é uma vida. Como estaria a vida dele? Bom, já soubera q ele tinha uma filha, mas isso já faz mtos anos... ele deve tah casado ainda... afinal, ele era pra casar, ela q não era. E hoje seria um dia bacana pra presentea-lo e estivessem juntos, porque afinal... quem comemoraria doze anos de relacionamento com td essa loucura que anda o mundo? Isso seria digno de festa! Mas a gente só pensa assim pq tah separado - ela concluiu. É, mas o cliente chato não sai da sua mesa e ela fica imaginando se não tivesse terminado, se tivesse tentado. Ai Meu Deus, como eu sou burra - bateu com a palma da mão na testa e o chefe perguntou q aconteceu e ela disse q não foi nada q não havia salvado o arquivo.
 
E deu uma dorzinha no peito, pq imagina, foi seu primeiro amor, q coisa não? Primeiro namorado, primeiro cara q ela havia deixado se tocar e o primeiro cara q ela tocou tb. Essas coisas inéditas ficam gravadas. A gente esquece o cara q pegou na semana passada, mas o primeiro a gente reserva. Guarda num lugar do corpo pra ninguém encontrar. E o cliente não pára de reclamar... - Sim, senhor, eu te entendo, eu vou ver o q posso fazer. E ela pensou no q poderia fazer pra de repente vê-lo, nem q fosse de longe, nem q fosse numa tela do computador. Q loucura. Coisa de adolescente, beirando trinta anos e querendo saber por onde anda o primeiro namorado. Mas o q q tem? Não dá, nada, não é mesmo?
 
Sim, senhor, vou providenciar que a empresa lhe dê uma resposta. Como seria fácil se td na vida tivesse protocolo. Vc quer saber de alguém q não vê há anos e de repente a "Vida" lhe dá um protocolo dizendo q em 5 dias úteis vc receberá notícias. Q loucura. Mas as coisas não são taum simples assim. A gente não pode rasgar o coração de alguém e depois de doze anos fingir q não tem cicatriz de nada. Se fosse comigo, eu não fingiria.

Mas sabe como é a mosquinha da curiosidade. E tb o bicho papão do orgulho. Ela pensou em perguntar para aquele velho amigo pelo MSN, mas soaria mto blassè, coisa de pessoa nostálgica q tah arrependida pelo rumo q tocou na vida. No final do expediente esse fogo do passado apagou. Fez em silêncio uma oração, pedindo para q ele fosse feliz com quem quer q fosse, aonde estivesse. Bateu o ponto e foi para casa.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

A verdade

Tem gente q não gosta. Tem gente q omite. Tem gente q não diz. É a busca dos filósofos, dos religiosos, dos céticos. Dizem q existem várias verdades ou uma só. Não importa, isso não cessa a jornada que leva rumo à ela.

A Verdade geralmente vem com máscaras. Ela pode estar na tua frente, gritando e vc não sabe. Ela se senta ao seu lado tds os dias e vc não a reconhece. Incrível como ficamos cegos ou quem sabe não tiramos a venda pq de repente a mentira é mais brilhosa. É mais bonita.

A Verdade não veio para agradar. Mesmo quem a busque. Ela não se prepara antes de aparecer. Não faz as unhas, não arruma o cabelo. A verdade chega, se apresenta e nos permite um fôlego para q possamos digerir teu banquete.

Alguns dizem que dói. Eu concordo. É como se arrancasse tua pele. Não é simplesmente tirar um pedacinho do “couro” perto da unha. É como se te pegasse e te esfolasse inteiro. A Verdade arde. Queima.

Meu baile de máscaras acabou. Hj eu vi a Verdade. Nua. Sem tempero. Ácida. Cítrica. Puro Fel. Ela sentou ao meu lado e tirou minha venda. Sem advérbios, nada de adjetivos. Ela falou comigo. Não deu tempo de chorar, apenas a aceitei, porque é assim q deve ser.

sábado, 24 de julho de 2010

Xiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii

Vim para falar do silêncio. Mas falo do silêncio doído. Daquele q ensurdece, que vem das pessoas que amamos, q vem de momentos q nunca esperamos passar. Silêncio q testa nossa lucidez. Dizem q silêncio tem a ver com paz, com sossego. Não sei. Desse tipo de silêncio não tenho medo. O medo vem da ausência de palavras, de conversa, de gente andando pela casa.

Eu tento enganá-lo. Ligo pra alguém. Deixo a tv ligada na sala enquanto fico na cozinha. Converso com minha cachorra pq querendo ou não é um ser vivo e de certo modo me entende, apenas não nos comunicamos como os outros, mas enfim, melhor do q o eco da minha voz pela casa.

Lya Luft escreveu seu último livro sobre o Silêncio. Até mesmo na entrevista dava pra notar como deve ter sido difícil para ela falar sobre tal. Na realidade acho q foi tortuoso. O silêncio do outro é como vc ignorá-lo. Acho um dos piores castigos. Ademais, ele tb é perigoso pq nessa falta de comunicação vc acaba deduzindo o q quer. Vc acha q o outro te traí, q ele te odeia ou q sei lá o que. Nessas horas cometemos injustiças por simples paranoia pq deixamos o silêncio falar mais alto.

Espero q esse silêncio passe. Vai passar - disse Caio Fernando Abreu. "O que não pode ser resolvido, resolvido está" diz a carta do tarô. Não adianta. A gente grita, esperneia, chora. Mas enquanto houver o silêncio, o jeito é unir-me a ele e ficar muda.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Metade

Estamos na metade do ano
metade do caminho
no fim do segundo trimestre
para alguns faltam pouco
para outros mto tempo
mas para mim
q jah me acostumei a ser metade
estar incompleto
E ainda falta
eh como se nao tivesse chegado ao fim
nao sei dizer mto bem
pq pra mim,
ainda falta
e eu tento juro q tento nao ser metade
tento estar inteira,
tento me costurar
tento cumprir minha propria lista
para nao morrer na praia
para nao ser outra loser
pq afinal, estamos no meio do ano
e o q foi feito?
tenho me esforçado
para nao ser só um pedaço
para não morrer como parcela
Mas eu sei
porque me sinto metade
Qdo estou sem poesia,
eu sou metade
Qdo me afasto de td q eu gosto,
tb sou metade
Cada sonho q não concretizo
me diz q estou pela metade
Mas ainda tenho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Pq Dezembro voa
e preciso do meu outro par de asas
para ser inteira.

sábado, 29 de maio de 2010

Exagerada

Sim, eu me jogo. Se assunto for Amor, eu me jogo.
Não fico em cima do muro. Posso demorar, mas eu já sei o final, eu sempre me jogo.
E para mim, não poderia ser diferente.
Acho q é coisa de bicho, minha natureza.
Dizem q não se vive de Amor, mas eu vivo.
Eu posso ir e voltar do meu trabalho, eu posso ter saldo na conta,
mas eu nao saberia o q fazer com meu coração vazio.
Pior do q o vazio da tela, do papel,
é o vazio do peito.
Jamais conseguiria ser oca.
Dói saber q tem gente q desistiu do Amor.
vos peço, por favor, não desista.
Às vezes ele não está na nossa geografia.
Às vezes ele não aparece na hora em q queremos
muitas vezes ele não se revela na pessoa q esperamos.
Mas ele existe.
Eu sei,
Eu o vi passar
E vi ele ficar.

terça-feira, 18 de maio de 2010

O X da questão


Nunca fui boa em matemática. Pra mim era tortuoso descobrir o x. Resolver equações era o mesmo q tortura chinesa. Qdo acabou a escola foi um alívio pq eu nunca mais queria  ter q encontrar o tal do x. Pra mim, isso sempre foi uma pegadinha, afinal o x esteve sempre ali, a gente q fica inventando um número pra ele.





Só q a gente cresce e vai descobrindo q existem problemas mto mais complexos do q descobrir o valor do x. Na realidade, o x era seu estágio probatório na vida. E pelo jeito não fui aprovada.





Os problemas crescem, tomam proporções que para resolvê-los, nem fórmula de Báskara. Até q esses dias me lembrei da melhor lição de matemática q tive na vida e vou te dizer q não foi de nenhum professor.





Qdo eu estava no terceiro ano, vésperas de vestibular, no desespero para aprender matemática, uma colega de sala, lógico, mto craque em exatas,  a Cristina me ensinou q na verdade eu não tinha q decorar fórmulas. Eu deveria ler o problema, interpretar e rascunhando eu descobriria ou ao menos chegaria perto da solução.





Dez anos depois eu carrego essa lição comigo. E vou lhes dizer q eu a estendi para a minha vida. Pode até existir uma fórmula pra td, mas eu sempre encontro o meu jeito para solucionar o q pra mim é nebuloso. Lembro q eu tinha pavor só de ler antes de kd questão “FUVEST”; “PUC”, “MACKENZIE”.





Posso dizer q eu melhorei. Fuvest,... ok... é phoda, mas vamos lá. Leio a questão, vejo de qual matéria se trata e se eu souber, blz, arrisco, caso não, eu pulo. Depois eu volto. Atualmente sou assim. Vejo o tamanho do meu problema e rascunho, se der certo encontro o x, caso não, td bem, não é fim do mundo, ainda vou achar uma solução.


sábado, 1 de maio de 2010

O dia em q pensei q caiu um meteoro em Campo Grande

Ontem foi um dia chato. Dakeles em q vc chega no trabalho já com vontade de bater o ponto não de entrada, mas de saída. O tempo demorou pra correr. Poderia dar sete da noite, mas para chegar as cinco da tarde parecia q nunca os ponteiros alcançariam esse horário. 

Por conta de uns imprevistos saí às cinco e quinze da tarde. 15 minutos de atraso q me renderam uma cena linda no céu de Campo Grande e dessa vez não eram as Araras. Lá em cima, eu e minha amiga Theura vimos um risco no céu q à princípio não tinha explicação. Não estava passando nenhum avião. Tinha uma forma decrescente. Logo, concluímos q poderia ser alguma coisa caindo.

Mas era tão lindo, tão lindo que ficamos encantadas. E começamos a viajar nas possibilidades. Poderiam ser ETs, quem sabe um meteoro (por q não?) e de repente chegamos à conclusão que para as coisas mais bonitas do mundo não existem explicações. E nem precisam. Elas por si mesmas se bastam.

Tomamos nosso rumo e a Theura chegou a cogitar q poderia ser incêndio, um sinal de fogo; mas mesmo assim era uma cena linda de ser vista. Eu já me recordava de SmallVille, sabe como é, sou viciada em seriados e prometi à ela q assim q descobrisse eu a informaria pq certamente mais gente viu e deveria ter ficado curiosa como nós.

E contei pro Gabriel toda feliz da vida e ele, apesar de não ter visto já me deu aquele balde de água fria dizendo: “ O avião estava a mais ou menos 950 km/h, as turbinas do avião criaram um “Vácuo” e o sol refletiu nele e como coincidiu com o pôr do sol, fez aquele efeito"”. 

Cara, é mto chato não ser póetico. 

Não suporto pessoas q têm explicação pra tudo. Eu estava tão encantada com o mistério, tão feliz por ter um efeito em um dia tão rotina q de repente, aquela chama no céu me alegrou. Lembrei q era sexta-feira, q o final de semana estava por vi, q no sábado não teria aula, q eu havia convidado meus pais para almoçar na minha casa, q minha melhor amiga ia me visitar q de noite eu teria um show bacana pra ir.

E sinceramente, acredito que para os últimos românticos da face da Terra e para aqueles q esperavam um sinal de Deus, ontem eles tiveram a prova real. Para aqueles q ainda tristes e desanimados, mas conseguem olhar para cima para ver se alguma coisa cai do céu ontem puderam ver q sim, de repente temos salvação.

E para finalizar: Infraero, eu não acredito em vc.
.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Se um dia eu for embora...

Pessoas e amigos q me conhecem sabem. Não gosto de Campo Grande. Não me classifico como um ser naturalmente e genuinamente daki. Não suporto calor, não gosto de música sertaneja e quase morro de tédio pq nunca (digo quase sempre nunca) tem programas q eu gosto. Já faz um tempo q tento ir embora, mas sempre dá um zica e eu não consigo. Ainda não perdi as esperanças. Mas no dia em que eu for embora e alguém me perguntar do q eu sentirei mais falta dizer-vos-ei q sentirei falta das Araras.

Para um ser humano q se define o mais urbano possível, para mim, não existe cena mais linda do q estar dirigindo pela cidade de manhã e do nada vc ouvir aquela gritaria q vem lá de cima. Mata qualquer mau humor. Impossível não olhar e ver akeles animais coloridos q rasgam o azul do céu. Melhor ainda é depois de um dia cheio de aborrecimentos e lá pelas cinco e pouco da tarde elas passarem voando sobre ti. Sem saber, elas lavam a minha alma.

Meu pai é um grande cara e ele entende mto de animais. O q eu sei, aprendi com ele. Uma vez ele me disse q araras andam em par. Sempre em casal. E é verdade. Elas escolhem o seu companheiro e passam a vida com ele. Notei q arara q voa sozinha grita mais. Vai ver q é pra dizer pro outro q já está chegando em casa ou pode ser saudade. Ainda não decifrei.

Não sou fã de Campo Grande e Pantanal pra mim, só no mapa. Um dia eu vou embora e não vou poder fingir q não nasci aqui. Mas confesso q vai dar saudades de tomar um tereré ou encarar um sobá na feirona. Mas falta mesmo, vou sentir das araras porque beleza pra mim é conseguir unir urbano com a natureza.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Eu twitto, tu twittas, ele twitta...

A internet é atraente pq nos confere um monte de site e aplicativos bacanas. Vc acessa seu orkut, joga colheita feliz, fica on line no msn, posta tuas fotos no flickr e lê as notícias do dia. E assim, vão inventando um monte de redes sociais: my space, facebook e por aí vai. Confesso, eu não consigo ficar tão onipresente de modo on line.

Sim, tenho os meus cadastros, mas vos digo q a metade deles não me recordo a senha e ainda q eu tente deixar td uniforme, não adianta. Alguem pede senha alfa numérica ou o login q eu já uso é existente pra akele site. Prefiro reservar minha massa cinzenta para outras tarefas.

O twitter me cadastrei por sugestão da minha amiga Mariana. Depois q eu entendi como funcionava, achei o máximo pq é uma rede aonde anônimos e famosos coexistem. Nada mais justo. Só me assustei foi depois.

Acho desnecessário essa vontade de falar td hora. Td ser humano (com qualidades e defeitos) tem seu momento de silêncio. Suas pausas. Artista com twitter não. Td mundo tem q saber de suas idas ao banheiro e de suas epifanias diárias. Quer divulgar espetáculo? Blz! Mas td mundo realmente precisa saber a qtas anda seu intestino? Por favor!

Talvez eu esteja regredindo, enjoada de tanta tecnologia. Td mundo quer ser amigo de td mundo no virtual, mas faz tanto tempo q não vejo 99% das pessoas das minhas listas das redes sociais q tenho medo de ser só a lembrança de um post. Um mero perfil na página de qualquer um.

domingo, 14 de março de 2010

Missing

A impressão q tenho é q sempre me falta alguma coisa. Acho q é pq eu quero fazer td ao mesmo tempo e no final acabo fazendo nada.  Falta grana pra comprar td o q eu quero (será q realmente preciso comprar?) Falta tempo pra terminar akele projeto q está empacado (pq eu adio tanto?). Sempre falta alguma coisa. Eu não consigo me completar. Não consigo costurar o buraco.

Falta terminar de ler os livros da Martha. Falta paciência para as pequinesas da vida. Falta tempo pra sair pra caminhar com a Baby. Falta sempre um ingrediente da receita. Falta ver algum filme. Falta mandar arrumar o carro. Falta guardar a roupa q está fazendo aniversário na cadeira q está no quarto.

Qdo eu saio de casa eu sempre acho q esqueci algo. Qdo estou longe de casa eu passo a ter certeza. Ensaio discursos e mesmo assim as palavras me faltam. A falta se estende da ausência à saudade. Acho q já me acostumei a ser incompleta.

Por hoje, falta lavar a louça que está na pia. Falta encher as garrafas de água da geladeira. Falta dizer pra mim mesma que no final, como nos filmes, td dá certo e q não falta nada. Eu q estou em falta comigo mesma.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Meu pé esquerdo

No dia 11 de fevereiro consegui a proeza de romper o ligamento do tornozelo. Em uma quinta-feira, na fatídica sessão de cinema das 21:05 para assistir “AVATAR”, versão em 3D (para ter emoção, né?) na hora de sair da sala (ainda escura por sinal), não vi q faltavam dois degraus e lá fui eu me esborrachar no chão.
Nem preciso dizer q foi o pior carnaval da minha vida. De muletas, tala, compressas de gelo e gesso. Tornei-me uma pessoa dependente. Dirigir, nem pensar. Fazia um bom tempo q eu não ficava sem rotina. 15 dias vc aguenta, depois bate o desespero. Pois é, crianças. Assisti as 3 temporadas de Big Bang Theory, a quarta temporada de Heroes, a trilogia do “Cubo” e mais uns filmes.
Engraçado como a gente não sabe o q fazer com o tempo ocioso quando finalmente o tem. Há dias q coloco alguns pendências em ordem. Estudo alguma matéria de concurso. Durmo. Fico meia horinha na internet. Mas parece q eu estou cometendo algum delito, praticando algum crime ou pior, me sinto uma pecadora.
Tem gente q fala: “Ahhhh aproveita”. Mancando? Duvido. Esgotaram-se minhas opções de lazer. As pessoas estão trabalhando enquanto eu mofo no sofá. Hj decidi organizar algumas coisas, arrumar guarda-roupa. Atividades q procrastinamos.
Mas é isso aí. Hj reclamo da minha ociosidade. Amanhã, quando eu estiver inteira vou reclamar da falta de tempo. Nunca ficamos satisfeitos com o q a vida nos oferece, mas te garanto q já vou ficar feliz qdo meu tornozelo estiver zero bala.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

À Kelly, com carinho

Eu nunca fui de ter preconceito. Sério. Desde criança. Na realidade nunca suportei ver pessoas excluídas. Na escola, se alguém era motivo de chacota eu me aproximava da pessoa e nascia uma amizade. Eu contava pra turma q não era mto bem assim e no final tds éramos amigos.

Mas a gente cresce. Eu nunca mudei nesse sentido. Converso com qualquer ser humano. Acontece q na véspera de Natal eu conheci uma pessoa bem bacana chamada Kelly.

Kelly é um(a) travesti. Não sei seu nome de batismo e na verdade não me preocupo em saber pq o q vale é como ela mesma de intitula. Quem sou eu para descordar? Kelly e eu descobrimos mais coisas em comum do q imaginávamos.

Somos apaixonadas pelos nossos gaúchos e sim provocamos briguinhas pq não acreditamos numa relação perfeita. Só mel não vale. Tem q ter stress e fazer as pazes. Kelly me contou que ficou 6 meses em Santa Cruz de la Sierra (na Bolívia) dando close.

- Como? – Indaguei ingenuamente. Dar close? Traduzindo: Fazendo Nada. Acontece q travestis não fazem nada. Dão close. Fazem pose. Exibem-se. E eu adorei. Tem coisa mais bacana do q inventar palavras? Expressões? Quer outra? Bater o cabelo. Ela brigou com não sei quem e bateu o cabelo.

Eu não me choco. Sério. Dou risada. Não de deboche, longe de mim. Imagina, vc dar a cara à tapa para a sociedade, pagar um preço salgado pra vc provar q veio no corpo errado enquanto tua alma diz q vc não é João, mas Maria. O q fazer? Quer um conselho? Vai dar um close!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Regras pra q te quero?

Quanto mais regras impomos para o amor, mas nos distanciamos dele. Inventamos coisas absurdas. Não se envolver com gente de cabelo puff, pessoa q não for da mesma religião ou nem começar um namoro à distância.

Fazemos na melhor das intenções, tentando nos proteger da dor do Amor. Podemos cortar a mão, pisar num prego ou bater a cabeça numa porta de vidro, mas nada dói mais do q dor de amor. Para isso, pegamos o mapa do tesouro e o invertemos na esperança de, de repente chegar ao grande X sem ter q passar por obstáculos.

Só q o amor acontece. Não sabemos muito bem como, só flagramos qdo nos vimos ali, pensando fora da hora do dia, pegando o celular pra ligar ou para mandar mensagem ou quando nos confidenciamos com nossa melhor amiga.

Mas daí lembramos q ele tem cabelo puff, q gosta de um “pagodinho”, q ele não é mto o q tua família espera de ti. É como se o castelo se desmoronasse, como se um alarme soasse: “Não , ele não é pra vc”.

Coisa besta. Vivemos anestesiados. Ser corrupto, td bem. Impunidade, coisa básica. Mas ser tomado pelo Amor sem ele ter a aparência q vc imaginava e mesmo assim gostar dele, aí sim é uma Grande Surpresa.

Não invente essas regras. Elas são apenas ponteiros de um relógio quebrado, não servem pra nada. Nesse caso não funciona aritmética. Esqueça q dois mais dois são quatro. Amor, pra valer, não vem de mansinho. Chega no grito.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

O melhor avô do mundo

Eu sempre digo q sou uma pessoa de sorte. Tive gdes avôs. Do meu avô materno tenho vagas lembranças, mas um carinho gigante. Ele faleceu qdo eu tinha 4 anos. Mas o meu avô paterno posso dizer q foi o meu primeiro melhor amigo.

O Vô Roque morava a uma quadra da minha casa. Era o cara q me buscava na escola no final da tarde. A figura q me presenteava com uma garrafinha de coca-cola qdo minha avó fazia uma bacia de pipoca pra q eu comesse enquanto assistisse o Jaspion e Changeman.

O meu avô permitiu q eu convivesse com as pessoas mais simples do mundo. Ele deixava eu brincar na casa dele e minhas fantasias infantis íam a mil. Pra mim, ali era o melhor parque de diversões do mundo.

Qdo meu avô morreu, foi horrível. Parece q ele tinha levado com ele td o q ele tinha me dado. Tds as lembranças, tds as brincadeiras, nossas partidas de dama e de baralho. Foi uma solidão irreparável.

Mas foi preciso ele morrer pra eu entender como a Morte funciona. Engraçado, tem gente q fica com raiva e eu imediatamente só consigo lembrar sorrindo. Não vou mentir q meus olhos marejam, mas se formos apurar o saldo, te garanto q os sorrisos sobressaem.

Impossível não rir ao lembrar desse cara. Só peço a Deus q meus filhos tenham a mesma sorte q eu tive. De ter um avô maravilhoso q sempre me amou do jeito q eu sou desde o dia em q eu cheguei na casa dele.