terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Imosec na veia!


Viver não dói, mas pagar IPVA dói. Machucar o dedo não dói. Quando o tanque de gasolina do teu carro entra na reserva, aí, dói. Sentir saudade não dói. Ver o extrato bancário dói. Ir ao dentista não dói. Pagar o IPTU, isso sim dói. Levar um fora não dói. Os juros do cartão de crédito dóem mais. Um cisco no olho não dói, mas a conta de luz qdo chega no final do mês dói. O celular não tocar dói, em contrapartida conta de celular dói. Perder um amigo não dói, mas ter o nome incluso no SPC e Serasa te arrebenta. Ralar o joelho não dói. Dói é não ter plano de saúde. Perder um grande amor não dói, machuca é cair na malha fina do Leão. Perder uma festa não dói, mas perder um desconto no boleto pq o esqueceu na gaveta é uma grande cagada. Rasgar a roupa preferida não dói, a não ser que vc não tenha terminado de pagar suas oito suaves prestações na Riachuelo. Ser traído não dói, mas comprar parcelado nas Casas Bahia é SUICÍDIO!!!

sábado, 5 de janeiro de 2008

Eu não me arrependo de nada!


O Cinemark ainda teve a graça de exibir por uma semana (UAU!) Piaf - Um Hino ao Amor. Já o Cinecultura.Bem,... é a casa cult do cinema de Big Field. Por essas cercanias, não se tem mta opção de cultura. Fomos agraciados com esse espaço, q (in) felizmente resiste à duras penas. E particularmente, a mi me gusta.


Se vc vai ao Cinemark a atendente está com aquela cara de "Sou explorada pela sociedade capitalista". Para completar, ao entrar na sala de exibição vc ouve:


- Sala três à direita-senhor-tenha-um-bom-filme.


Qdo vc vai ao Cinecultura as pessoas já te olham diferente pq se vc está ali vc realmente veio ver o filme e não desfilar. E depois, vc pode ter o luxo de tomar um café ao invés da coca-cola com gelo e sal que os americanos tanto insistem em nos fazer beber.


Sorte minha começar o ano assistindo Piaf - Um hino ao Amor. Dirigido por Olivier Dahan, Piaf é uma cantora francesa descoberta nas ruas de Paris. Edith Giovanna Gassion nasceu em 19 de dezembro de 1915. Abandonada pela mãe louca, mas tb cantora, viveu com a avó em um Bordel e a posteriori, foi viver com seu pai, um contorcionista, no circo em que ele trabalhava. Amou, único conselho que na realidade daria à uma mulher. Chegou à América e não a compreendeu muito bem, além do mais os americanos não a mereciam.


Teve uma vida de tragédias, mas mesmo assim fez nas horas de dor e de alegria o q melhor fazia: Cantar. Entretanto, a bebida, as injeções de morfina e o Reumatismo comprometaram o frágil corpo de Piaf q desde criança sempre tivera uma saúde debilitada. Destaco aqui e peço que prestem atençãoc aso assistam aos momentos das câmeras, tão embrigadas como a Pequena Pardal. A cantora faleceu em 1963, aos 47 anos.


Todos os louros do filme pertencem à Marion Cotillard, intérprete da cantora francesa. Sua atuação transcende e ofusca qualquer defeito que o filme tenha, como cenas demasiadamente longas (a luta de Marcel) e os toscos cromaquis (cena em que Piaf se despede de Marcel em frente ao Hotel). A entrega da atriz em sua interpretação fez jus à entrega de Piaf em suas canções. Visceral. Essa é a palavra. Lembrei-me agora de algo que ma professeur de français disse: "Os Franceses amam ou odeiam." O verbo adorar, tão usado no Brasil, não tem tanta significância para eles. Assim é o filme, intenso demais. Exagero meu? Não sei... talvez eu esteja francesa demais ultimamente.