sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Zica Brasileira



Às vezes as coisas não dão certo. Não adianta. É como tu ter a receita do bolo nas mãos e mesmo assim errar. Pegar medida por medida, seguir as instruções e td dar numa grande cagada. Inexplicável. Poder ser tu q está no inferno astral e não sabe. Alguém pôs teu nome na boca do sapo ou um gato preto passou perto de ti e tu nem viu.
Simples. As coisas não acontecem. E de repente não é pra acontecer mesmo. Diga-se de passagem essas Olimpíadas. Concordo com o José Simão q diz q a gente deveria levar Ouro em Choro Atlético. Nunca vi tanta choradeira. E frustação também. O cara passa no máximo a vida inteira praticando o esporte e no mínimo quatro anos treinando pra cair sentado no meio de uma apresentação. Ou somem com a tua vara. Ou pisa fora da linha. Pior, morre na praia depois de tanta labuta, de tanto tendão estourado. Há vezes q insistir não é o caminho. Não adianta perguntar pra Deus o q a gente fez de errado, pq na verdade não nada de errado com a gente. Sei lá, de repente era a poluição ou o fuso horário. Mandinga de Chinês. Efeito Borboleta, conhecem? Aonde um ruflar de asas na Groenlândia afeta o batimento cardíaco do cara lá na China. Pois é, estávamos na China. Lugar errado e Hora errada. A impressão que se tem é q temos que provar q nós, brasileiros não somos tão terceiro mundo assim, não somos tão miseráveis, tão medíocres. A verdade é q não temos q provar nada. Fazemos milagres com o q não temos. Com o patrocínio que falta, com o salário q não acompanha a inflação, com as horas injustas q não nos permitem fazer caber trabalho e lazer em um só dia. Atleta é quem sabe viver com o que tem, vence as barreiras que vão além do corpo e quebra seu próprio recorde de fatias de pizza em um rodízio, de horas dormidas, de piadas contadas em um dia. Mas por favor, uma coisa vos peço: Galvão, pode ficar aí na China até acabar o Campeonato Brasileiro!!!! Nunca foi tão bom assistir a um jogo sem vc por aki ! ahauahauahauahuah.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

A Coluna do Meio


Qdo eu era criança (e isso nem faz mto tempo), lembro da "Zebrinha". Era uma loteria cuja contemplação era conforme o placar dos times de futebol. Funcionava mais ou menos assim, era como se vc acertasse qual seria o resultado de tds os jogos da rodada do Campeonato Brasileiro. Havia três opções, como em td jogo há. Vencer, perder ou empatar. No programa "Fantástico", qdo o Léo Batista divulgava os resultados, eu corria só para ver a tal da Zebrinha relinchar.(mas é isso, elas relincham?).O q eu ficava entrigada era com a tal "Coluna do Meio".

- Pai, como assim, coluna do meio?
- Empate, minha filha. Empate.


E vai saber pq eu só me dei conta disso hj. Inventei moda de juntar as escovas de dentes com o meu gaúcho. E reparem a visão de cada um: Pros meus pais, a gente casou. Para o gaúcho ainda somos namorados. É pra ele, é como lá no banco. Vc trabalha na monitoria, se tranca na tesouraria, tem q vender produto igual a gerente, mas vc ganha como Caixa. Minha vida ficou mais ou menos igual. Ganhei um tanque, uma pia e um fogão. Mas ainda sou a "namorada". Religiosamente, sou uma baita duma pecadora. Eu prefiro pensar q escolhi a opção dormir de "conchinha". Juridicamente, constituí uma "Sociedade de Fato". Se fosse há uns anos atrás,no tempo da Vovó, meu título seria de "Amasiada". Para os mais demodês: Concubina. A minha colega de trabalho, disse q eu sou "Tico-Tico no Fubá".

É engraçado como essas coisas refletem na nossa vida social. Houve um casamento esses tempos e tenho certeza de que não fui madrinha pelo simples fato de: bem.... Não fui no cartório, não passei na Igreja e logo, não sou casada oficialmente. Uma amiga foi madrinha pq claro, é CASADA. A outra foi, pq claro, é SOLTEIRA. Então quer dizer: TICO-TICO NO FUBÁ, NÃO PODE? Não vou falar q não fiquei sentida, não por não ter sido convidada, mas pela discriminação - ainda que velada - de ter escolhido, a Coluna do Meio. Gostaria de saber qual é o problema de ter feito essa escolha? Sabe, às vezes, na vida, a gente tem pressa, tem urgência em ficar perto da pessoa que a gente ama e tem certeza de que é com ela q tu quer acordar tds os dias. Se vc esperar juntar a grana suficiente pra fazer uma festa, pra comprar uma casa ou pra poupança render, vc adia uma chance de felicidade. O amor não precisa caber no bolso, mas pode caber numa kitnet. - Viva a Coluna do Meio!