terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Regras pra q te quero?

Quanto mais regras impomos para o amor, mas nos distanciamos dele. Inventamos coisas absurdas. Não se envolver com gente de cabelo puff, pessoa q não for da mesma religião ou nem começar um namoro à distância.

Fazemos na melhor das intenções, tentando nos proteger da dor do Amor. Podemos cortar a mão, pisar num prego ou bater a cabeça numa porta de vidro, mas nada dói mais do q dor de amor. Para isso, pegamos o mapa do tesouro e o invertemos na esperança de, de repente chegar ao grande X sem ter q passar por obstáculos.

Só q o amor acontece. Não sabemos muito bem como, só flagramos qdo nos vimos ali, pensando fora da hora do dia, pegando o celular pra ligar ou para mandar mensagem ou quando nos confidenciamos com nossa melhor amiga.

Mas daí lembramos q ele tem cabelo puff, q gosta de um “pagodinho”, q ele não é mto o q tua família espera de ti. É como se o castelo se desmoronasse, como se um alarme soasse: “Não , ele não é pra vc”.

Coisa besta. Vivemos anestesiados. Ser corrupto, td bem. Impunidade, coisa básica. Mas ser tomado pelo Amor sem ele ter a aparência q vc imaginava e mesmo assim gostar dele, aí sim é uma Grande Surpresa.

Não invente essas regras. Elas são apenas ponteiros de um relógio quebrado, não servem pra nada. Nesse caso não funciona aritmética. Esqueça q dois mais dois são quatro. Amor, pra valer, não vem de mansinho. Chega no grito.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

O melhor avô do mundo

Eu sempre digo q sou uma pessoa de sorte. Tive gdes avôs. Do meu avô materno tenho vagas lembranças, mas um carinho gigante. Ele faleceu qdo eu tinha 4 anos. Mas o meu avô paterno posso dizer q foi o meu primeiro melhor amigo.

O Vô Roque morava a uma quadra da minha casa. Era o cara q me buscava na escola no final da tarde. A figura q me presenteava com uma garrafinha de coca-cola qdo minha avó fazia uma bacia de pipoca pra q eu comesse enquanto assistisse o Jaspion e Changeman.

O meu avô permitiu q eu convivesse com as pessoas mais simples do mundo. Ele deixava eu brincar na casa dele e minhas fantasias infantis íam a mil. Pra mim, ali era o melhor parque de diversões do mundo.

Qdo meu avô morreu, foi horrível. Parece q ele tinha levado com ele td o q ele tinha me dado. Tds as lembranças, tds as brincadeiras, nossas partidas de dama e de baralho. Foi uma solidão irreparável.

Mas foi preciso ele morrer pra eu entender como a Morte funciona. Engraçado, tem gente q fica com raiva e eu imediatamente só consigo lembrar sorrindo. Não vou mentir q meus olhos marejam, mas se formos apurar o saldo, te garanto q os sorrisos sobressaem.

Impossível não rir ao lembrar desse cara. Só peço a Deus q meus filhos tenham a mesma sorte q eu tive. De ter um avô maravilhoso q sempre me amou do jeito q eu sou desde o dia em q eu cheguei na casa dele.