Pessoas e amigos q me conhecem sabem. Não gosto de Campo Grande. Não me classifico como um ser naturalmente e genuinamente daki. Não suporto calor, não gosto de música sertaneja e quase morro de tédio pq nunca (digo quase sempre nunca) tem programas q eu gosto. Já faz um tempo q tento ir embora, mas sempre dá um zica e eu não consigo. Ainda não perdi as esperanças. Mas no dia em que eu for embora e alguém me perguntar do q eu sentirei mais falta dizer-vos-ei q sentirei falta das Araras.
Para um ser humano q se define o mais urbano possível, para mim, não existe cena mais linda do q estar dirigindo pela cidade de manhã e do nada vc ouvir aquela gritaria q vem lá de cima. Mata qualquer mau humor. Impossível não olhar e ver akeles animais coloridos q rasgam o azul do céu. Melhor ainda é depois de um dia cheio de aborrecimentos e lá pelas cinco e pouco da tarde elas passarem voando sobre ti. Sem saber, elas lavam a minha alma.
Meu pai é um grande cara e ele entende mto de animais. O q eu sei, aprendi com ele. Uma vez ele me disse q araras andam em par. Sempre em casal. E é verdade. Elas escolhem o seu companheiro e passam a vida com ele. Notei q arara q voa sozinha grita mais. Vai ver q é pra dizer pro outro q já está chegando em casa ou pode ser saudade. Ainda não decifrei.
Não sou fã de Campo Grande e Pantanal pra mim, só no mapa. Um dia eu vou embora e não vou poder fingir q não nasci aqui. Mas confesso q vai dar saudades de tomar um tereré ou encarar um sobá na feirona. Mas falta mesmo, vou sentir das araras porque beleza pra mim é conseguir unir urbano com a natureza.